Vereador Claudiomar Rosa, pede desligamento do AVANTE. Ele apóia Clécio e é contra o apoio do partido a Jaime Nunes

O vereador de Macapá, Claudiomar Rosa, reafirma que caminhará junto com o pré-candidato Clécio Luis nas eleições de 2022 e se posiciona contra a aproximação de seu partido, o AVANTE, com a pré -candidatura do empresário Jaime Nunes.
O Vereador já pediu seu desligamento do partido que não autorizou, mesmo o vereador deixando claro que não acompanhará o partido em uma possível aliança com Jaime Nunes ou qualquer outra candidatura que não seja a de Clecio Luís.

Veja a carta que Claudiomar protocolou ao partido Avante

Carta ao Partido AVANTE

Ao longo da minha vida na política sempre tive lado. Além do lado do povo, escolhi fazer parte de um grupo político, que sempre teve como sonho, transformar a política amapaense e que tinha como uma das lideranças o companheiro Clécio Luis.

Minha história com o Clécio é de mais de 30 anos. Começamos a trabalhar juntos na Fortaleza de São José de Macapá, depois o acompanhei na Secretaria Estadual de Educação, fui chefe de gabinete durante os 8 anos de Mandato de Vereador e, por fim, seu secretário, com exceção das vezes que me licenciei pra me candidatar, todos os anos da sua gestão a frente da Prefeitura Municipal de Macapá. Faço esse registro, mais do que legítimo, pra reafirmar que, para além da minha relação de amizade, construo um projeto político, que tem como liderança maior, o companheiro Clécio Luis.

Quando me filiei ao AVANTE, em 2020, para disputar a eleição à vereança de Macapá, o partido também fazia parte deste projeto e estar ao lado dessa construção era uma das condições para a minha entrada. Além disso, durante a eleição, tivemos muitos problemas de falta de apoio do partido, o que ocasionou em uma desmotivação e desmobilização de grande parte dos candidatos da chapa, colocando em risco a possibilidade de atingirmos o quociente eleitoral e como consequência a nossa eleição. Vale ressaltar que o partido não atingiu o quociente e só consegui ser eleito, apesar de ser o 3º mais votado, graças ao empenho dos poucos candidatos que restaram e a regra da maior sobra.

Hoje me encontro em mais um dilema: Não tenho qualquer dúvida sobre que caminho irei seguir em relação às eleições para o governo. Por princípio, por lealdade, por coerência, não desviarei do caminho que sempre trilhei em toda a minha trajetória e seguirei firme no projeto liderado pelo companheiro Clécio Luis.

Entretanto, ao que se percebe, o AVANTE caminhará em sentido contrário, o que entendo ser legítimo, apesar de que em nenhum momento ter sido consultado, ouvido ou indagado sobre isso, sendo eu o único vereador da capital. O que não entendo ser legítimo é o partido me obrigar a permanecer, sem possibilidade de disputa, pois até agora não me foi dada qualquer segurança de uma chapa proporcional viável; o que não concordo é que, mesmo a direção conhecendo a minha trajetória e a relação que tenho com o companheiro Clécio, que vai muito além da política, me obrigue a ficar para embarcar em uma candidatura da qual não tenho qualquer relação, afinidade ideológica, simpatia ou qualquer diálogo que abra qualquer possibilidade de caminharmos juntos.

Por todos esses motivos, solicitei formalmente, junto à Direção Nacional, minha liberação pelo partido, nos termos da Resolução nº 01/2022- AVANTE, para que assim tivesse o direito de seguir o caminho que historicamente construí e que acredito. Mas o pedido foi negado veementemente pelo “simples” fato de que se me liberassem, abririam precedente para a liberação de outros Mandatos do partido. Ora, não sei qual a razão dos outros, mas gostaríamos que respeitassem a minha, que não tem a ver pura e simplesmente com cálculo eleitoral, mas com uma convicção política e uma construção histórica. 

Tenho honrado, cumprido e respeitado o estatuto do partido e é por isso que quero evitar o constrangimento de ser o único parlamentar da capital em um palanque que não aquele em que o partido está. Pode até ser que para o partido não haja problema com isso, mas pra mim há, pois a minha formação política me ensina que devo ter lado e estar de corpo inteiro em tudo aquilo que me proponho a construir.

Entendo que estar em uma campanha, nessas condições, não será condizente com a minha história, além de um desrespeito com a candidatura que o partido vai apoiar. No entanto, diante da negativa do pedido formulado, não haverá alternativa a não ser ir de encontro às orientações do partido, pois não vou desviar da trajetória que percorro há quase 30 anos, nem do legado que ajudei a construir durante os 8 anos de gestão do Prefeito Clécio.

Quero aqui registrar meu descontentamento e desapontamento com a decisão do partido em me obrigar a ficar em um ambiente completamente desfavorável e desconfortável, diante de tudo que foi exposto e que lutarei, até o ultimo minuto, para reverter tal decisão, pois estou convicto, que meu posicionamento está de acordo com a trajetória histórica que venho traçando e, sem medo nenhum, tenho a certeza de que a história me absolverá!

Atenciosamente,

Claudiomar Rosa

Vereador de Macapá

  • Nem o puto do Putin!
    Cabra macho!!!
    Digo isso sem paixão ou torcida por um ou pelo outro.
    Assim se conhece um homem e também uma rachina politica(opa).

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