VAMOS MELHORAR NOSSO NIVEL DE EXIGÊNCIA!

Por João Silva – Jornalista

Toda vez que alguém vem ao Amapá e crítica alguma coisa que não vai bem, percebe-se uma reação em cadeia por parte de setores da mídia tucuju. Acho que isso precisa acabar por que não transmite aos outros uma ideia boa sobre a gente; podem pensar em imprensa alinhada ou em unanimidade suspeita, por exemplo – aquela que Nelson Rodrigues chamava de burra.

Longe de querer ferir suscetibilidades, mas não dar para ficar defendendo o indefensável ou querer tapar os raios do astro rei com a peneira da insensatez dessa defesa inútil, já que não leva a nada.

Técnico e jogador do Goiás que criticaram o “gramado” do Glicério Marques não foram acintosos e o fizeram com toda razão; poderiam ir mais fundo se resolvessem falar sobre as cabines de imprensa, as arquibancadas, a falta de conforto que desrespeita o estatuto do torcedor e os profissionais que trabalham para promover o futebol. O povo fica parece gado no campo e a crônica apertada parece sardinha em lata.

Não é de hoje que o “Glicerão” reclama obras que nunca são feitas ou foram feitas de forma paliativa, para quebrar um galho, vamos dizer assim. No início dos anos 90, sob pressão da imprensa, o prefeito João Capiberibe deu uma guaribada no “Gigante da Favela”,que tem história e histórias.

Na década de 60, em entrevista concedida à Revista do Esporte, logo depois de um amistoso do Fluminense em Macapá, o volante Edmilson, instado a apontar o melhor e o pior gramado do Brasil, disse à revista de circulação nacional que o pior ficava no Amapá, “um quadrado apelidado de campo de futebol”.

Negócio é o seguinte: crítica para ajudar tem que ser bem-vinda; e tem mais: ou melhoramos nosso nível de exigência ou vamos ouvir outras críticas; a palavra está com o Presidente da FAF, com os governantes do Amapá, com os deputados federais, os senadores, os vereadores que poderiam se unir para viabilizar a construção de um estádio digno das tradições do futebol que conquistou o primeiro Copão da Amazônia e produziu para o Brasil e o mundo jogadores como Palito, Biló, Lelé, Jason, Antônio Trevizzani, Tico-Tico, Marcelino, Bira e Aldo, os dois últimos exibindo em casa faixas de campeão brasileiro, um pelo Internacional, outro pelo Fluminense.

A reação de agora, muito parecida com aquela exercida contra matéria publicada no Esporte Espetacular, da TV Globo, de algum tempo atrás, serve para lembrar que vigora em setores emergentes da crônica uma mentalidade de defesa incondicional do prefeito, do governador, do grupo que dirige a Federação Amapaense de Futebol, e não pode ser assim por que isso gera atraso e acomodação; o que está errado é para ser dito e corrigido, sem traumas, sem melindres – ou a crítica não faz parte?

Numa decisão de campeonato, dois ou três anos atrás, o Prefeito João Henrique Pimentel, cercado por torcedores esperançosos, mostrava diante das câmeras da TV a maquete do novo Glicério Marques…Eu queria que saísse, mas eu sabia que aquilo era uma embromação, e não deu outra.

Isso pode mudar se houver cobrança, se a crônica encarar, como deve ser, a discussão aberta sobre o declínio dos clubes, por exemplo – ou não vale a pena lembrar as incertezas que rondam hoje os dois mais antigos do futebol amapaense, Macapá e Amapá, desprovidos de suas sedes sociais em nome de um projeto que não consegue avançar, além da triste imagem do Zerão abandonado e o Glicério Marques do jeitinho que motivou a crítica dos goianos?

  • hehehehe … Impressa jabazeira, claro !! Quem Quem ???
    Se tu ligar pra alguma dessas porcarias que chamam de programas de radios matinais daqui de Sucupira do Norte e dizer que o governo nao repassa as parcelas que sao descontadas de todos os servidores mensalmente em favor das tais financeiras (casa de roubo), eles sao capazes de te convencer que a a culpa eh do servidor. Humrumm !!

  • Olha pessoal… esse governo que está aí sustenta toda essa mídia “jabazeira”, por isso não admitem que se toque num fio de cabelo de qualquer um deles. É uma ofensa dizer que o VG, o RG, o extinto Pimentel entre outros como o Fofo-Múmia que não morre nunca, essa pessimidade. Como a Alcilene diz tá dificil o Amapá decolar mesmo, progredir, evoluir, sócio-economico-culturalmente pois a maior parte das pessoas aceita o que esses pilantras fazem aqui no Estado.
    Égua meu!!! to cansado de tanta lentidão de raciocinio desse povo que tudo aceita, reclama e acusa quem não tem nada a ver com o caos, só pra desviar a atençao de cima desses palhaços!!!

  • Quando o Esporte Espetacular da Rede Globo,mostrou a falência do nosso futebol e a inexistencia de estádio de futebol.O Governador mentiroso,incompetente e corrupto Waldez Góes,anunciava todos os dias uma tal Licitação para o Zerão, depois começou culpar a Estacon.O Prefeito Irregular Cassado 6 Vezes,para não ficar por baixo da mentira, anunciava a Licitação do Estádio Glicério Marques, tudo isso a um ano atrás, agora eles AFUNDARAM O ESTADO e não fizeram nem um nem outro e ainda acham ruim as críticas.Eu não concordo com o único radialista confiável no Amapá, o Paulo Silva(Paulão),quando ele diz que nenhum governador fez nada pelo Zerão.Meu amigo se os outros não fizeram,pelo menos não FECHARAM com aconteceu com esse governo FALIDO,CORRUPTO e INCOMPETENTE,ou seja bem ou mal,mais dava para se jogar futebol,só que agora vem servindo para depósito de Carcaça de Animais abatido clandestinamente na cidade.Isso tem que ser dito,senão a credibilidade da informação vai para as Cucuias.

  • CARO JOÃO SILVA,

    Não perspectiva de mudança desse cenário desolador… As maquetes de obras faraônicas são muitas… Glicério, Zerão, Cidade do Samba, Mercado da Zona Norte, Aeroporto etc. Todavia, não bastasse a roubalheira institucionalizada, a incompetência não permite que as mesmas sejam concretizadas… Arena de esporte qualquer imbecil faz… O povo tem se contentado com o pão e circo…
    Do MP e do Judiciário também não se pode esperar muita coisa… Ambos estão estrategicamente dominados pelos poderes da “harmonia”… Rezo para que um dia o CNJ lembre do AMAPÁ e manda pra cá a inquisição (CORREGEDORIA)… Até lá, cabe a nós sobrevivermos… sem lazer adequado, sem infraestrutura a contento e sem eficiência nos serviços públicos…

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  • Me lembro de ver em um programa na segunda aquele projeto de apresentador que fazia comerciais da aurora, falar que ele tinha nascido aqui, criado seus filhos aqui, e que nao admitia que os goianos falassem mal daqui. cara eu fiquei olhando para a cara dele, nao tinha argumentos, PO! O Estadio esta abandonado mermo
    o gramado parece um campo minado, e queriam que o treinador do goias falasse o que ? Eu fico puto quando vejo um amapaense ficar bravo quando alguem fala mal daqui, vamos parar com este provincianismo, quem mora no centro sul do pais e vem a macapa tem uma impressao ruim do centro da cidade, parece uma favela. convenhamos macapa esta abandonada, o estado esta um lixo nao tem infraestrutura nenhuma, a gente que mora aqui se acostuma com tudo. mas quem vem de fora fica achando tudo muito feio mermo.

    vamos parar com este bairrismo.

  • Alcilene:

    Do jeito que a coisa anda, coitado do nosso falido Amapá. Nas eleições de 2006, quando o Gutembergue soube que teria de ceder a coordenação da campanha para o PMDB sob o comando do Gilvan, meteu a mão em R$:20.000,00 (vinte milhões de reais) pertencentes ao partido e “vazou”. Fez ameaças. Se vierem atrás de mim, abro o bico. Calaram-se todos. Agora a Justiça suíça bloqueou $$:13.000.000,00(treze milhões de dolares) pertencente à família Sarney. Grande parte desses valores sairam daqui. O filho Fernando é o “laranja” do chefe do clã. Não bastasse, o Gilberto Pinheiro e Luis Carlos do TJ/AP entenderam, em recente decisão, que o Ministério Público Estadual não é competente para propor Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa contra àqueles que assaltam os cofres públicos. O Carmo Antônio divergiu, o que possibilitou a interposição de recurso. Se não fosse ele (Carmo) a roubalheira estaria institucionalizada por obra e graça desses dois “juízes tucujús” que não aceitam qualquer censura aos desmandos aqui evidenciados. Acaso a população não se conscientize das suas responsabilidades, a vaca continuará no brejo. O Waldez, lamentavelmente, foi eleito e reeleito para governar e preferiu lotear a administração pública. É sem dúvida, a prova inconteste da incompetência fentre aos graves problemas suportados pela sofrida população. Ainda há esperança. Oremos todos nós.

  • Caro João Silva, não espere uma mudança de postura da imprensa. A maioria dela está atrelada ao poder, seja municipal ou estadual. O nível da imprensa esportiva amapaense é fraquíssimo. A única preocupação é com os interesses pessoais. No domingo passado, enquanto aconteciam jogos do sub-18 no estádio Glicério Marques quase sem nenhuma cobertura da imprensa. As equipes eportivas do nosso estado estavam todas no Mangueirão, transmitindo Remo e Paysandu; duas equipes de nível técnico sofrível. A justificativa é que aqui em Macapá moram muitos paraenses. Entretanto, morei por cinco anos em Belém, uma cidade repleta de macapaenses, sem que em nenhuma oportunidade eu vi uma equipe esportiva paraense vir até Macapá para transmitir um jogo do nosso campeonato. Eles varolizam o que é deles, e estão certíssimos. A nossa imprensa é que está errada. Acho difícil avançarmos enquanto não mudarmos a nossa mentalidade. Sou amapaense, mas ao invés de ficar arrajando desculpas ou criticando quem critica as aberrações que existem na nossa capital, eu abaixo a cabeça e me sinto envergonhado. P.S. Um amigo me contou que uma vez foi pedido a um cronista que veio aqui transmitir um jogo no estádio Zerão que desse uma nota para o estádio. Ele não hesitou na resposta: “O nome é a própria nota!!!!!!”

  • concordo em genero,numero e grau!sou amapaense, não gosto que falem mau do amapa!Mas quando as reclamações tem fundamento,eu aceito!Parece,segundo seus relatos,que nesse caso tem!que triste essa situação do nosso zerão!fico muito triste com a falta de sensibilidade de nossos governantes,que deveriam lutar por uma situação melhor desse lugar tão importante para o esporte do amapá!desejo molhoras!bom domingo!

  • Alcilene!

    Complementando a nota anterior, esclareço que os R$:20.000.000,00(vinte milhões de reais) surrupiados pelo Gutembergue pertenciam ao PDT do Waldez. Era o resultado do superfaturamento das poucas obras realizadas. Quantia significativa e o Gilvan queria administrá-la.O Gitembergue expressou-se: “não vou segurar búfala para malandro mamar”! Depois disso, muito apressado, quase fugiu de “péis”(sic) segundo relato de gente próxima à cúpula do PDT tucujú.

  • João Silva, parabéns pelo artigo.Todos os brasileiros (as) que moram no Amapá, nascidos aqui ou não merecem melhorias no esporte, na saúde, na educação, na segurança, na geração de empregos, etc. As críticas servem para melhorarmos, crescermos, corrigirmos os erros, portanto benvindas; mas a imprensa “jabajeira” faz o que lhe cabe: defende seu “jabá” e seus “patrões”.

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