Uma nova Macapá. É o que queremos

*por Domingos Dias

Não há dúvida de que a missão de resgatar o velho pseudônimo de Macapá (Cidade jóia da Amazônia), é algo que o prefeito recém empossado, Clécio Luis, terá que trabalhar muito para conseguir.

Não bastasse o caos diário vivido pelos habitantes da cidade, como falta de segurança, ruas esburacadas, unidades básicas de saúde fechadas, transporte coletivo precário e tantos outros problemas, no final do ano passado (fim também da administração de Roberto Góes), agravou-se a questão da falta de coleta de lixo, transformando a cidade em um verdadeiro lixão.

Além de todas as situações já elencadas, o verdadeiro buraco financeiro deixado pela última administração (que por sinal foi desastrosa), faz com que os habitantes preocupem-se ainda mais com Macapá.

Em meio a tudo que está acontecendo, uma situação incomum. Mesmo com inumeráveis adversidades, as pessoas têm esperança. Essa verdadeira onda de esperança parece ter dois motivos: o alívio pela vitória conquista e a fé por novos tempos.

Eu explico. O alívio pela conquista se dá por conta do verdadeiro caos institucional que nos acostumamos a ver nos últimos quatro anos. A população se cansou de ver o administrador de sua cidade invariavelmente na mídia nacional, como suspeito disso, acusado daquilo. Foi às urnas em outubro passado e escolheu um novo caminho. Um caminho que reuniu as forças progressistas de Macapá. Um gesto ousado e de esperança.

Graças a essa vitória, que aliás muitos duvidavam, finalmente os habitantes de Macapá puderam experimentar um novo sentimento. A esperança, a fé por novos tempos.

Conseguir expurgar o grupo da harmonia da administração da capital, à exemplo do que já havia acontecido com o Estado em 2010, pode ser considerada a maior vitória de 2012. Uma das grandes conquistas do povo de Macapá em anos.

Fraudes em licitações, destruição de provas, corrupção e tantos outros crimes que tornariam esse texto mais do que longo, foram algumas das práticas da última administração. Práticas que levaram a cidade ao caos administrativo.

Dentre todas as ações escusas do grupo harmônico no comando da prefeitura, destaco uma. A demissão em massa em novembro passado (alguns dias após a derrota nas urnas). Qual o motivo desse verdadeiro desespero? Muitas pessoas que levantavam a bandeira da harmonia há anos (e que também estavam na folha de pagamentos da prefeitura) foram demitidas sem qualquer aviso prévio pelo prefeito que eles queriam reeleger. Algumas dessas pessoas tiveram um péssimo final de ano, com dívidas e tudo mais. A verdadeira razão pra isso ninguém sabe. Há quem especule que o prefeito à época precisava preencher um buraco financeiro nos cofres da prefeitura, mas isso até agora não foi confirmado (ainda).

Não poderíamos deixar de destacar uma prática da antiga administração de nossa capital. A insistência em não firmar parcerias com o Governo do Estado. Ora, só porque era de campo político diferente, o então prefeito Roberto Góes penalizava a população e não fazia parcerias com o governador Camilo?

Devemos ter consciência de que por muitas vezes a administração estadual tentou o diálogo para que fossem firmadas ações conjuntas com o objetivo de melhorar a vida das pessoas que moram em Macapá. Infelizmente isso não aconteceu porque o prefeito preferiu desgastar o Governo do Estado. Indo pra mídia (a mesma que ele pagava) com o seu discurso de independência, vitimizando-se, quando na verdade todos sabemos que ele não firmou parcerias com o Governo do Estado porque não é adepto da política de transparência. Até mesmo por isso, que nenhum de nós sabe (ou sabe) ao certo o que foi feito com o dinheiro da prefeitura nos últimos quatro anos.

Talvez nunca saibamos o que acontecia no prédio da prefeitura de Macapá durante a administração azul. Só ficaram as contas a pagar e o caos institucional implementado. E também algo novo. A onda de esperança por novos tempos. A fé de que a administração popular (como vem sendo citada) possa superar os problemas deixados. Mais do que isso. Que as forças progressistas que ajudaram a eleger Clécio Luis, possam novamente se unir. Dessa vez para resgatar o título que nossa cidade merece. De cidade jóia da Amazônia.

 

* Domingos Dias é acadêmico de História na UNIFAP e secretário nacional de comunicação da Juventude Socialista Brasileira – JSB

  • Caro Fernando, a cidade joia existiu no inicio dos anos de 1980 e o prefeito era o Murilo Pinheiro.
    Na minha opinião, este foi o ultimo prefeito de Macapá, e pasmem ele era prefeito nomeado pelo governador na época.

  • Na última semana da disputa pela prefeitura da capital do Espírito Santo, o que parecia apontar para uma eleição do ex-deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas, do PSDB, ainda no 1º turno, passou a sinalizar uma decisão em segundo turno entre o próprio Vellozo Lucas, prefeito da cidade por dois mandatos (de 1999 a 2005), e o deputado estadual Luciano Rezende (PPS).

  • Queridos…..nao precisamos de muita coisa por aqui….com pouco podemos fazer muito por Macapa..
    Quando faço minha corridinha a tarde pela nossa linda orla, acompanhando o percurso do magestoso Amazonas…isso eh indescritivel, se nao fosse o odor sentido em alguns pontos…seria muto melhor…
    Tratemos bem de nossa cidade, aproveitem melhor o que ela tem a nos oferecer, respeitem suas limitações, pois ela faz parte da natureza, que eh farta, mas nao eh inesgotável..
    Que venham dias melhores… Macapa..!!

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