Ruas do Residencial São José preservam memória de mestres de artes e ofícios do Amapá

“Nossa intenção é resgatar a história e celebrar a vida daqueles que se dedicaram ao crescimento de nossa cidade”. Foi com esta justa homenagem que o prefeito Clécio Luís, acompanhado de vereadores e familiares dos mestres de artes e ofícios amapaenses, sancionou o Projeto de Lei 2.213/2016-PMM, que nomeia ruas e logradouros do Residencial São José, que será inaugurado nesta sexta-feira, 10.

Cinco vias receberam a homenagem in memoriam com os nomes de Romualdo Pereira (mestre Pedrinho); Herundino do Espírito Santo; Rufino da Conceição; Lucimar Araújo Tavares (Tia Luci) e Geraldo Lopes Creão. O Centro Comunitário leva o nome da saudosa Margareth Neves Smith, funcionária pública que ficou conhecida entre os contemplados do residencial por sua dedicação, e que recentemente deixou saudades. O Complexo de Esportes e Lazer recebeu o nome Niná Barreto Nakanishi. Trabalhadores que se tornaram autoridades por sua arte e ofício popular na história do macapaense.

 

Na ocasião, Clécio Luís destacou a colaboração do legislativo municipal, saudou familiares dos homenageados e realçou a contribuição de cada pioneiro, operário e mestre de artes e ofícios para com a história do município. “O resgate ao simbolismo dos nossos logradouros públicos vem sendo reforçado desde o início desta gestão. Eu não conheço nenhum povo que tenha se tornado forte, sem respeitar a sua cultura e a sua história. Temos muito a contar e nos orgulhar da riqueza imaterial que temos, e fazer com que esta cidade conheça sua história e o melhor que temos, que são os nossos irmãos macapaenses, que muito contribuíram com o desenvolvimento da nossa história”.

 

Emocionados, parentes dos homenageados reconheceram e agradeceram a Prefeitura de Macapá, em nome de suas famílias, pela iniciativa e reconhecimento. “Meu pai [Geraldo Lopes Creão] era apaixonado por Macapá. Teve sua vida marcada nestas terras pelo ofício da produção de sapatos. Obrigada pela homenagem!”, disse Sandra Creão. “Esta é uma justa homenagem aos operários de grandes obras na história de Macapá”, considerou Leide do Espírito Santo, representante da família do saudoso alfaiate e amante do futebol amapaense Herundino do Espírito Santo.

 

“Niná Barreto Nakanishi firmou seu atelier em Macapá logo que mudou para o Norte, em 1948, e foi uma referência internacional na confecção de artesanatos produzidos com manganês sobre argila. Parabéns pela brilhante iniciativa que tem feito desde o primeiro projeto, valorizando as pessoas da terra. A família está muito grata”, disse Getúlio Barreto. “Temos convicção de que o Centro Comunitário Margareth Smith representará bem o que ela pregava. Será um espaço de integração, acolhimento e desenvolvimento de trabalhos que ajudaram na vida de quem irá morar neste residencial”, mencionou Paulo Smith, esposo da homenageada.

 

O presidente do Instituto Memorial Amapá, Walter Júnior, destacou o apoio da prefeitura para celebrar a história dos pioneiros. “Tem sido fundamental para preservar a memória do estado”. Márcia Corrêa, assessora especial da gestão, mencionou que a proposta é proporcionar uma cidade criativa, onde as pessoas possam viver a sua própria história. “A ideia é fazer de Macapá um verdadeiro museu a céu aberto de sua própria história, recuperando a memória da cidade associando a projetos como este do Residencial São José”.

 

Associaram-se às homenagens os vereadores Nelson Souza, Diego Duarte, Aldrin Torrinha, André Lima, Marcelo Dias, Gian do NAE, João Henrique, Antonio Grilo, Telma Nery, Rocha do Sucatão, Alciney Maciel e Eddy Clay. Líder do governo na Câmara, Nelson Souza destacou a probidade e compromisso com que todo o processo foi tratado para que se chegasse à etapa final. “Parabéns ao Município pela proposta de nomear as vias que compõem o residencial estendendo o mérito às pessoas que deixaram exemplos na história do Amapá”, disse representando o anseio do Legislativo Municipal.

 

Andreza Sanches/Asscom PMM

  • Tomara os moradores possam cuidar do espaço onde iram morar,pq oque se vê nesses residenciais é um verdadeiro descaso com cuidados básicos tipo,limpeza e visual.Janelas cheias de roupas,lixo e mato,vide Macapába e Mucajá,sendo este um horror,sem contar que abrigam malacas entre familias de bem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *