Apesar de obter liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) para não comparecer à CPI, ex-governador compareceu para falar sobre atuação do governo federal na pandemia.
Witzel entrou em discussão com o senador Flávio Bolsonaro sobre o caso Marielle durante a CPI. Imagem: TV senado.
WIlson Witzel estava amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que previa que o ex-governador do Rio pudesse ficar calado, não precisasse assumir o compromisso de dizer a verdade, e pudesse ser acompanhado por um advogado.
Durante a sessão, bastante tumultuada, Witzel fez críticas ao governo federal ao dizer que a União não amparou estados e municípios durante a pandemia de Covid-19. Segundo o ex-juiz federal, não houve ajuda ao Rio de Janeiro por parte do Ministério da Saúde e do Palácio do Planalto para o combate ao coronavírus.
O ex-governador fluminense avaliou também que, em razão da falta de coordenação do governo federal no combate à pandemia de Covid-19, algumas questões precisaram ser resolvidas pelo STF. Em coletiva de imprensa no Senado Federal, realizada pouco tempo depois de Witzel deixar a sessão, o ex-governador ressaltou que participou da comissão na condição de testemunha e afirmou que pediu para deixar a CPI por conta de agressões proferidas por parlamentares.
Durante o depoimento de Witzel, houve menções ao caso Marielle, com o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) fazendo intervenções, após estas, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que havia ali “clima intimidatório” na sessão. Após ser questionado sobre a compra de respiradores para o Rio de Janeiro pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), o ex-governador pediu para se retirar e a sessão foi encerrada.
Girão ainda falava quando foi interrompido pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM): “Senador Girão, o depoente vai se retirar”, disse Aziz, ao justificar que Witzel tem decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) proferida pelo ministro Nunes Marques, que lhe garantiu a possibilidade de não comparecer ao depoimento ou de ficar em silêncio caso estivesse presente.
Última sessão da CPI na semana é marcada pela saída dos senadores da CPI.
Na última sessão,que ocorreu sexta-feira (18), foram convidados Ricardo Zimerman e Francisco Alves, médicos a favor do tratamento precoce. A sessão foi marcada pela saída do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), que saiu acompanhado dos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (REDE-AP), vice-presidente da CPI.
O senador representante do Amapá, alegou em coletiva realizada após sua saída da sessão, que “se recusa a debater a eficácia de um medicamento, em que há um consenso científico global sobre sua ineficácia”, ele disse que há a intenção da CPI convocar executivos das redes sociais Facebook e Youtube, para explicar o porque que estas redes estariam permitindo que o Presidente da República publica-se tanta desinformação.
Fonte utilizadas para fazer esta Matéria:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57335880
Todas as Lives com os depoimentos estão no canal da TV Senado no Youtube.
https://www.youtube.com/c/tvsenado/featured