De Célio Alício sobre seu Araguarino Mont’alverne
Seu Araguarino faz parte de um rol de pioneiros que aqui pontuaram a época romântica do antigo Território Federal do Amapá (TFA). Um grupo seleto de homens e mulheres no serviço público ou na iniciativa privada que ousaram empreender e escrever com tintas e brilho próprios, a história recente do nosso rincão, deixando um legado tão singular quanto inestimável aos seus familiares, amigos e a todos os segmentos de nossa sociedade.
Ilustres, brilhantes, talentosos e visionários, essas pessoas assoalharam nosso chão fecundo e soergueram as paredes, ‘cumeeira’, telhado e os compartimentos desse nosso amado torrão. Janary Nunes, Alcy Araújo, Amaury e Deusolina Farias, Hélio Penafort, Artur Néri Marinho, Benedito Andrade, Estácio Vidal Picanço, os padres e bispos italianos do PIME, Seu Vavá Santos (Mazagão), Deuzuíte Cavalcante, Julião Ramos, Gertrudes Saturnino, Laurindo Banha, entre tantos outros astros reluzentes, de luz
própria e magnetismo pessoal que encarnaram o espírito empreendedor que possibilitou grandes obras e uma herança de dignidade, compromisso, honra e, acima de tudo, amor, muito amor pelo Amapá e sua gente.
Eles receberam desde ontem o seu Araguarino e regozijaram entre si em forma de perene celebração. A todos eles um réquiem com saudades e intermináveis agradecimentos por tudo o que fizeram. À memória desses bravos não bastam logradouros público, ruas, avenidas ou monumentos com seus nomes. A melhor forma de perpetuá-los para a posteridade aponta para o devido reconhecimento de suas obras e feitos e a disseminação dos mesmos para as gerações, atual e vindoura, num vento de ressonância que espalhe em todos os estratos sociais amapaenses as boas novas e prodígios por eles proporcionados e que venham servir de exemplo para certos políticos que há muito pouco tempo quase implodiram com a nossa auto-estima deixando um rastro hediondo de corrupção e dilapidação do nosso erário. Mas, o bem proporcionado pelos pioneiros está espelhado no céu lustrando a paisagem e nos dando mais vida.
Obrigado mestres e mestras.
6 Comentários para "Repiquete do Leitor"
Que bela homenagem. Que belo texto. Parabéns Célio.
Valeu meu primo. Contei ao Harold sobre os blogs da galera “cá de casa”. Um abraço em todo o clã Silva Amanajás. Força Sempre!
Que belo texto Professor Célio. Você deveria escrever mais e sempre. Por aqui.
Que tal uma coluna sobre história do Amapá?
Abrao
Escrevrer serve como um bálsamo. A idéia é muito, quem sabe. Obrigado pelas palavras gentis. Um forte e caloroso abraço.
Meu filho vive na Av. Raimundo Álvares da Costa e quando o visito quase sempre passo em frente da casa do Srº Araguarino, sempre imaginei o quanto aqueles cabelos brancos guardavam de memórias desta terra, mas não pensei que fosse tanto. Mesmo sem nos conhecermos formalmente ele sempre me cumprimentava e invariavelmente apresentava um bom humor e uma despreocupação de um homem realizado, sempre com seu radinho de pilha sintonizado em AM. Que o senhor o tenha em seu devido lugar.
Belo Texto Célio Alício, sem Duvida alguma seu Araguarino foi um Grande homem, a noticia veio com muita tristeza, principalmente para nossa familia. Meu Avô e Avó (Amaury e Deusolina Farias), seu Araguarino e tantos outros pioneiros, aonde estiverem estão satisfeitos com o que deixaram para nossa Geração, foram grandes simbolos de Honestidade e de Caracter Social e Politico ao nosso Estado. Bela Homenagem, Parabéns e um Abraço.