O Juiz Luciano Assis faz uma viagem de moto pela Europa. Vamos acompanhá-lo aqui pelo blog com relatos da viagem e fotos. Uma delícia.
Primeiros Dias
Saída de São Paulo. Um grupo de mais de quinze pessoas se reúne em Cumbica para embarque para Frankfurt. O que tínhamos a fazer era comprar dicionários, guias de viagens, coisas assim que sempre compramos e nunca usamos (eu comprei um guia de viagens em 14 idiomas).
Depois de 10 mil quilômetros em 12 horas de vôo, chegamos a Frankfurt. A trilha sonora não podia ser mais animada: “I gotta felling”, do Black Eyed Peas (chegou até a minimizar o cansaço).
Para nossa grata surpresa, não faltou nenhuma bagagem. Eu, preocupado com a minha mala, pensava que o check-in feito em Macapá daria certo. Em Frankfurt (que não era bem isso, mas uma cidade satélite, cujo nome não recordo), só deu mesmo pra desfazer as malas e procurar um lugar pra um chopp. Enchemos a lata assistindo ao jogo da Alemanha e outro time (primeira lavada da Copa – eu acho). Torcemos para o time da casa mais que os próprios alemães, claro, aproveitando o ensejo da língua estrangeira (produzimos os melhores palavrões).
No dia seguinte, depois de alugadas as motos, de compradas as muambas da moto, o primeiro stress: sumiram todos os meus documentos. Passei horas preocupado, pois sem o passaporte, carteira de habilitação, contrato de locação da moto e outros papéis, seria pouco recomendável continuar a epopéia. Eu já estava pensando na embaixada brasileira em Berlim, ponto até onde seria possível eu ir, isso caso não fosse abordado pela polícia.
Documentos encontrados, tudo então parecia normal para a primeira parada, precisávamos, afinal, testar as motos. A minha, pra variar, era diferente de todas as outras. Trata-se de uma Ducati 696 Monster, cujo nome só fui mesmo entender depois pilotá-la por algumas horas. Em verdade, não é uma moto pra qualquer um. Nervosa, o controle sobre a máquina exige certa perícia (modéstia à parte).
Logo no primeiro dia, a turma se dividiu (o correto seria se perdeu). Uns chegaram tarde da noite, outros (entre eles, eu) chegaram mais cedo a Lauterbach, hotel Schubert, uma beleza. Nada de conhecer a cidade, só deu mesmo pra conhecer o riacho que a corta de fora a fora, bem ao lado do hotel. Tiramos umas fotos da janela e, de cara, já vimos a tranqüilidade do povo alemão. O movimento da cidade, aos nossos olhos, parece em permanente estado de feriado, não há ninguém nas ruas, tudo é muito quieto. Buzinar, nem pensar.
Partimos cedo para a próxima cidade. Qual? Ninguém me disse. E eu, pra não perder a fama de “organizado”, não trouxe nenhum dos muitos guias, anotações (para o piloto e também seus familiares), mapas etc. Apesar de tê-los encontrado, por precaução, guardei meus documentos com o Davi, o Jacaré, nosso líder. Segui sem rumo, “sem lenço, sem documento”, apenas acompanhando a turma. A viagem transcorria normalmente. Eis que, a fim de evitar que um companheiro se perdesse no trecho, aguardei-o numa esquina e, a partir daí, quem ficou para trás fui eu.
Como foi que retornei? Essa outra história…
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Luciano Assis
15 Comentários para "Relato de Viagem"
Saudade de ti!!! Não te percas, não!
é isso aí, meu cunhado. Um dia vou pra um desses…numa harley…é melhor deixar teus documentos com outra pessoa mesmo…hehehe. Boa viagem e traga muitas fotos. Espero que tenha conseguido algumas das peças que te passei. Abraço, fica com Deus. Brasil, rumo ao Hexa!!!!!!!!
Radical, professor!
Qem viagem especial!!!Curtir o Velho Continente sentindo no rosto a brisa do Miderrâneo e na alma uma paz suave e cheia de saudades…Boa sorte…Que Deus proteja e coloque muitas surpresas felizes pelo caminho.
Mas o Mediterrâneo fica um tantinho longe de onde ele está…
Obrigado pela publicação, Alcilene. Mandarei outra parte da epopéia com fotos de outros amapaenses do grupo. Abraços.
Tô esperando….
Falooou! Esse é o J que eu conheço. Cuidado na curva, o transporte fica mais caro…eheheheh
Aproveite suas férias. Cuide-se e deixe o resto conosco. Um abraço!
É cunhado… cuidado…
Esperamos que não te percas, para que possamos assistir aos jogos da seleção com tranquilidade… rsrsrs.
Boa sorte, e que Deus te guie sempre!!!
Grande abraço.
WoU que r0x viagem assim… agora será que estão se divertindo igual os motoqueiros selvagens .. aquele filme q a galer sai sem destino e tals ehe
Tem q viver a vida e eles estão vivendoo r0x and r0x 🙂
\o/
Hey Brabão,
E os buracos da estrada? E o pixulé dos guardas? A cerveja vai no tanque da moto ou na cachola do motora? Quais as três principais palavras mesmo??? Bier, …. e …..
enrola o cabo e até breve, marcamos uma janta para contar os causos
Ah, Luciano … vc sempre estabanado, perdendo tudo, se perdendo e no final achando tudo o maior barato.Cuide-se,maninho e aproveite muito. Vc merece. Bj. Saudade.
Dr. Luciano, o senhor indubitavelmente é uma figura!
Adorei o relato de viagem..as fotos estão maravilhosas..só na pooose em cima da Ducati 696 Moooonster..uheuehu
Que Deus abençoe seu caminho!
Bjs
Estivemos viajando, só hoje vi o seu brelatório de viagem, NORMALÍSSIMO , para quem bem o conhece…beeeeeeeeeeeijos