Prêmio Paulo Freire de jornalismo: amapaense Luíza Nobre foi uma das vencedoras na categoria “mídias digitais”, com vídeo “Jovens na Pandemia”, feito nas aldeias karipunas

A jornalista do Amapá, Luíza Nobre, foi uma das vencedoras do prêmio “Paulo Freire de Jornalismo”, na categoria “mídias digitais”, com o vídeo sobre Educação Indígena, da série “Jovens na Pandemia”.
Para fazer o vídeo reportagem, Luíza passou oito dias nas aldeias do Manga e Santa Isabel, território Karipuna no município de Oiapoque, convivendo com os povos, especialmente os jovens indígenas, captando a realidade sem cair em estereótipos. A  jornalista também conheceu o trabalho do Instituto Akari,  de medicina indígena, projeto fundado pelo médico Alceu Karipuna.
Luíza Nobre na escola indígena de aldeia Karipuna
REDAÇÃO JEDUCA

A série de vídeos “Jovens na Pandemia”, produzida pela Jeduca, foi a vencedora da categoria Mídias Digitais do prêmio Paulo Freire de Jornalismo, iniciativa do Consed (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação) e Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). O resultado foi anunciado numa cerimônia realizada em Brasília (DF) na segunda-feira,  18/4.

 

Em cinco vídeos, a série retrata o impacto da pandemia de covid-19 sobre a vida escolar de jovens – um de cada região brasileira -, pertencentes aos grupos mais afetados pela suspensão das aulas presenciais.

 

Assim, foram abordados, a partir da perspectiva dos jovens, a busca ativa, os desafios para se preparar para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a dificuldade para manter os estudantes com deficiência manterem o vínculo com a escola, as dúvidas e insguranças em torno da retomada das aulas presenciais e os efeitos da pandemia na educação indígena. A série foi produzida especialmente para o 5.º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, que teve como tema “A educação e as desigualdades na pandemia”, realizado em 2021.

 

“Vejo esse prêmio como um reconhecimento de um trabalho em equipe com muita sintonia que valorizou especialmente o jornalismo local e nos permitiu trazer ao menos um jovem personagem,  representando cada uma das cinco regiões do país, para contar como a pandemia afetou o aprendizado deles”, diz a jornalista Fernanda Balsalobre, editora de vídeos da Jeduca, responsável pelo roteiro e edição da série.

 

“Tem uma frase de que eu gosto muito, do Gabriel de São Gonçalo (RJ), que está em um dos vídeos da série, que é assim: ‘tirando a educação, era aquela fugida de casa, aquela fugida para você ser quem você é. A escola para mim era isso”. Talvez essa frase possa resumir o recado desse trabalho e da importância da educação”, complementa Fernanda..

 

Já do ponto de vista técnico, analisa ela, o projeto valorizau a videorreportagem – quando o repórter opera a própria câmera tanto para captar as imagens como durante as entrevistas. “É uma maneira  diferente de contar histórias, um formato mais autoral”.

 

Os vídeos foram realizados pelas jornalistas Bibiana Maia (RJ), Emiliene Lopes (RS), Luiza Nobre (AP), Stéphanie Araújo (Goiânia), Victoria Alvares (Recife), ligadas aos projetos independentes Redação Virtual e Lição de Casa, A coordenação da pauta foi de Marta Avancini, editora pública e de conteúdo da Jeduca. .

Aqui no link, o vídeo da Luíza Nobre, nas aldeias

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