* Marco Antonio Chagas. Doutor em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável
A área do Parque Zoobotânico de Macapá encontra-se entre dois municípios que tendem a unificação ocupacional de seus limites em médio prazo (cornubação). Com a transformação da área em Unidade de Conservação Municipal (Lei Municipal no 1.670/2009) o espaço sobre proteção do Poder Público passou de 56 hectares para 107 hectares. Isso é de grande relevância, a considerar a especulação imobiliária que pressiona os espaços públicos e a constatação cartorial de que a área de 107 hectares é integralmente de propriedade do município de Macapá, não incidindo sobre a mesma qualquer ocupação particular.
Existe na área um mosaico de amostras de vários ecossistemas amazônicos, incluindo cerrado, floresta e ressaca. Essas amostras estão inseridas na área de 107 hectares do Parque Municipal e tem forte apelo para atividades de educação ambiental.
No espaço público designado como Parque Natural Municipal está instalado o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá – IEPA, importante parceiro para gestão da unidade de conservação.
O Conselho Consultivo e o Plano de Manejo são instrumentos de gestão do Parque Municipal e suas implementações são oportunidades para a unidade ser apropriada pela sociedade, principalmente pela comunidade do entorno. A figura jurídica dos “zoos” não é provida de instrumentos que possam o legitimar perante a sociedade, como acontece com a categoria Parque Natural Municipal.
Em 2008, com apoio do Ministério Público Estadual, foi elaborado o Projeto de Revitalização do Parque Zoobotânico para uma fauna abrigada de 221 animais. O projeto foi atualizado em 2011 para uma população de 105 animais, distribuídos em 23 aves, 52 répteis e 30 mamíferos. Entre 2008 e 2011 houve uma perda de 116 animais. Qual a atual população de animais abrigada no Parque?
“O Abandono dos Zoológicos”, publicada na Revista Isto É, edição de 27 de julho de 2011, denuncia a trágica situação dos “zoos” brasileiros e a necessidade de repensar os modelos de gestão dessas áreas com maior envolvimento das empresas que utilizam a natureza para gerar riqueza quase sempre não redistribuída junto à população onde operar.
O projeto de revitalização do Parque é belíssimo e pode ser redimensionado para atender as exigências legais e com o bom senso do IBAMA diante da situação geral dos “zoos”, devolver a sociedade amapaense esse espaço de tantas histórias e oportunidades de ócio criativo.
1 Comentário para "Parque Zoobotânico de Macapá"
Bom dia, sou Caled Matheus, aluno do décimo semestre de arquitetura do CEAP. Pretendo para a entrega do meu TC fazer uma revitalização no parque zoobotânico, Para isso tenho ideias bem interessantes e positivamente ambientais para la, porem venho tendo dificuldades para ter algumas informações como plantas, históricos e tudo mais, por isso qualquer ajuda ou apoio seria muito bem vinda, se pudéssemos nos encontrar ou manter contato agradeceria muito qualquer ajuda que fosse, desde já meu muito obrigado.