Parlamentares amapaenses organizam seminário sobre os impactos da ponte binacional

A coordenadora da Bancada Federal, deputada Dalva Figueiredo (PT) firmou parceria com a Assembleia Legislativa do Amapá – AL para realização de seminário que debaterá os efeitos da ponte sobre o Rio Oiapoque. O presidente da AL, deputado Moisés Souza (PSC), recebeu Dalva no início da semana (22) e defendeu maior aproximação entre os paramentares amapaenses para evitar ações isoladas sobre o tema.

Em 15 de julho de 2005, os governos do Brasil e França firmaram acordo para a construção da ponte sobre o Rio Oiapoque, ligando a Guiana Francesa ao Estado do Amapá. Desde então, enquanto avançavam as obras da ponte em si (que já está pronta), bem como das condições de acesso rodoviário ao local, uma discussão permanente instalou-se no Estado: afinal, quais as vantagens e efeitos que essa integração trará para o Amapá?

Dalva é membro titular da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e aprovou requerimento, assinado em conjunto com a deputada federal Janete Pietá (PT/SP), para realização de uma audiência pública que ocorrerá em Brasília, em data a ser definida, e um seminário sobre o mesmo tema, esse a ser realizado no Amapá, no dia 23 de setembro. “Trata-se de um evento oficial da Comissão e pedimos apoio da AL para que todos os parlamentares, bem como dirigentes e lideranças comunitárias possam participar. Esse debate precisa ser o mais amplo possível”, considera a parlamentar.

Oiapoque é o único município do Brasil, a ter, do ponto de vista físico, contato direto com a União Europeia. Para a deputada, essa aproximação, que embora represente uma vantagem comparativa, permanece distante das perspectivas de crescimento econômico na região “Nossa condição geopolítica tem que servir ao desenvolvimento e a integração regional. Atualmente, as relações desenvolvidas entre brasileiros e franceses, nas cidades de Oiapoque no Brasil, Saint George e Caiena, na Guiana, são intensos, mas não passam por projetos incentivados ou coordenados de integração”, avalia.

Tanto o seminário no Amapá, quanto a audiência pública em Brasília estão sendo organizados com a finalidade de apresentar propostas capazes de transformar este cenário, atualmente gerador de conflitos e paralisia econômica, em contextos que vejam nesta potencialidade alternativa real de desenvolvimento.

O presidente da AL, Moisés Souza, assegurou apoio irrestrito da Casa. “Por muito tempo sentimos certo distanciamento dos parlamentares federais e estaduais. Um tema como esse requer envolvimento de todos os atores, e a coordenação da Bancada Federal pode contar com a nossa mobilização e estrutura”, assegurou.

O seminário trará ao Estado liderança políticas nacionais e internacionais, bem como representantes dos grupos sociais diretamente afetados. “A integração não pode ser restrita apenas à parte física da obra, mas engloba ações de ordem cultural, étnicos, tecnológicas, desenvolvimento regional e social, com intercambio acadêmico de cooperação, especialmente no controle de doenças, migração e gestão ambiental. Todos esses aspectos serão contemplados no evento”, finaliza Dalva.

Serviço:

– O Seminário PONTE SOBRE O RIO OIAPOQUE, IMPACTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ocorrerá no dia 23 de setembro no plenário da Assembléia Legislativa do Amapá.

Ascom-Deputada Dalva Figueiredo

  • Os presidentes hipocritas e a ponte do Oiapoque.

    É inacreditável que o governo brasileiro não possa garantir passagem dos brasileiros que estão buscando se chegar ao Suriname, país que não cobra taxas dos brasileiros.

    Todo o dia os cidadãos franceses podem passar pelo Brasil sem pagar taxa alguma, já os cidadãos brasileiros e de países árabes e africanos devem pagar um seguro caro ou ainda pagar a taxa do visa ou passe.

    Carros brasileiros tem que pagar seguro? Carros franceses ou da união europeia entram sem custo em Oiapoque, ou seja, no Brasil.

    Brasileiros podem ir sem visto a Paris se viajarem de aviao, mas não podem ir a Cayenne, ou mesmo, passar pela Guiana Francesa. Franceses passam quando querem por Oiapoque, não pagam nem taxa nem seguro.

    Joli, francesa e brasileira

  • É uma tema “caro” esse que abrange desenvolvimento. Tudo bem, batizemos de : desenvolvimento sustentável; mitigar; minimizar as externalidades; ser racional. Correto conjugar tudo isso. Na medida do possível, sem utopias. O grande nó, até então, tem que ser desfeito. Para isso é preciso determinação e coragem. Pegaram a vantagem comparativa – entenda-se recursos naturais – e transformaram em santuáio: 70% da área do Estado em área de preservação; intocável…Isso é uma irracionalidade. Quem paga esse custo em prol do povo que aí mora? Até hoje só vi um Eg. Florestal Amapaense, voz uníssona, opor-se contra isso. Tenta anular esse ato Legislativo, por mero descumprimento do ritom das audiências públicas….Queria ter conhecimento que algum parlamentar levantou esse bandeira durante esse debate na Assembléia… Mas, parece que é mais fácil e/ou cômodo curvar-se aos princípios da “escola ambiental radical”. att Josenildo Mendes

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