Paralisação dos Peritos

O Sindicato de Peritos Oficiais decidiu realizar nova paralisação dos serviços nos dias 27 e 28. E, hoje sexta-feira, dia 21/03, a categoria irá, em carreata, até o Palácio do Governo. Segundo o Sindicato, a decisão de nova paralisação dos ocorre depois que o Governo se comprometeu em receber o Sindicato para tratar das reinvindicações da categoria, mas até não recebeu. Eles reivindicam melhores condições de trabalho dos Peritos no interior do Estado, orçamento para investimentos na POLITEC, reajuste salarial e a atualização do valor dos plantões periciais.

  • Os peritos do Amapá ganham bem demais para ainda quererem aumento salarial. Além dos salários ainda ganham plantão,beneficio que muitos categorias que prestam serviços relevantes a sociedade não possuem.

    • Parece que o leitor Sr. Heitor deveria se informar melhor, pois pelo seu comentário ele desconhece o trabalho do Perito Oficial, e os plantões não são reajustados a 8 anos, trabalhando a mesma carga horária mensal, por tanto, trabalhando o dobro nos 365 dias do ano.

  • Caro Heitor, não estamos falando se ganhamos bem ou não, o que a classe de Peritos esta reinvindicando são perdas salariais e melhorias de trabalho, isso a lei nos garante. Não sei em que você trabalha, mas garanto que você não recebe o mesmo valor de salário que recebia nos início da carreira.
    Então vá além, critique médicos, juízes e outras classes que também tem salário melhores que os dos Peritos e também usufruem de plantões. Ou então estude um pouco mais leis trabalhistas para depois ter base em suas críticas.
    Abraços.

  • A concepção de muito, bem ou muito bem é subjetiva, mas responde as capacidades, intelectuais, técnicas e profissionais de cada categoria. Ademais, a natureza da atividade policial oferece riscos de diversas naturezas: químico, biológico, de segurança, de vida, com repercussão política e jurídicas.

    Os peritos oficiais do Amapá são referência nacional e internacional pela construção de sua autonomia, alta capacidade técnica e jurisdição exclusiva.

    A oferta de serviços essenciais à persecução criminal, a busca da verdade real e à promoção da justiça.

    Assim, os direitos desses técnicos que fazem uso da ciência contra o crime merecem ser respeitados!

  • De fato, a classe pericial deve ser melhor remunerada, para termos uma prova pericial mais forte… de nada vale, prender com provas subjetivas fracas…

  • É importante esclarecermos que plantão não é benefício, é trabalho especializado prestado e como tal deve ser remunerado de forma justa e digna. Sua implantação é regulada por uma relação simples entre a necessidade x oferta, logo sua existência, ou não, em determinadas categorias tem relação direta com a disponibilidade do profissional especializado no mercado de trabalho ou na instituição. É portanto uma carga horária de trabalho extra àquela do chamado expediente, dias úteis, destinada às noites, finais de semanas e feriados, visando permitir a continuidade de um serviço essencial a população e oferecer este serviço 24hs/dia. Logo se extrai que o mesmo profissional cumpre turnos de serviço, diurnos e noturnos de forma cumulativa, portanto não há o que se confundir remuneração de salário (expediente, dias úteis) com a de plantão (noites, finais de semana e feriados). Vale lembrar que este mesmo profissional fica exposto as condições mais impróprias no tocante a sua segurança e saúde nestes turnos quer seja de expediente ou de plantões, onde neste último, além da baixíssima remuneração (do plantão), não há também reconhecimento de direitos trabalhistas tais como, férias, licenças médicas, adicional de periculosidade ou insalubridade e noturno, entre outros. Em suma, os turnos referente a horários de expediente possuem remunerações mais condizentes com a qualificação do servidor, porém já defasadas, e possuem incidência de direitos trabalhistas, já os plantões propriamente ditos (noites, feriados e finais de semana) não sofrem reajustes a 8 anos, apresentando uma defasagem absurda, sendo hoje menos de 1/3 do valor pago, por exemplo, pela secretaria de saúde, que tinha o mesmo valor do plantão pericial, além de não oferecer qualquer garantia funcional ou trabalhista, sem 13º, sem férias, sem licença, sem adicional noturno, sem reflexo para aposentadoria e etc. Em regra, serviços que não oferecem garantias trabalhistas devem pagar mais e melhor que o trabalho regular, por não haver este ônus para o empregador. O governo do estado do Amapá contraria esta regra básica da relação de trabalho e explora de forma vil o trabalho de seus Peritos Oficiais, em clara demonstração de desrespeito aos profissionais e a busca da verdade e consumação da justiça.

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