Os números ainda não estão fechados.
Quantas casas foram queimadas. Quantas pessoas desabrigadas.
Macapá, atônita ao se dar conta da dimensão do incêndio que atingiu o bairro Perpetuo Socorro, próximo a orla norte da cidade, formou uma grande rede de solidariedade, se juntando ao poder público, para atender as famílias vítimas do incêndio.
O governador Camilo Capiberibe imediatamente montou um gabinete de crise e enquanto os bravos combatentes do Corpo de Bombeiros debelavam o incêndio, a estrutura para cuidar das vítimas foi montada. E junto com a primeira-dama e secretária de Mobilização Social, Cláudia Capiberibe, percorreu os abrigos, levando apoio e providências.
A prefeitura de Macapá também montou gabinete de crise e se juntou ao governo no trabalho.
O prefeito Clécio Luis cancelou a agenda em Brasília e retornou imediatamente para Macapá, mas no intervalo entre voos, acompanhado dos senadores Randolfe e Capiberibe, foi buscar apoio emergencial no governo federal.
O incêndio começou no meio da tarde, com vento e tempo quente, rapidamente se alastrou e a fumaça podia ser vista de quase toda a cidade. O desespero tomou conta dos moradores. A cena era de guerra. De tragédia. Crianças voltavam da escola e se deparavam com o caos nas ruas do Perpétuo Socorro. Muitas delas, perdidas. Não tinham mais casa e não encontravam os pais.
O fogo só foi controlado a noite. 400 bombeiros trabalharam no combate ao fogo. Há notícias que os bravos bombeiros trabalharam com dificuldades, com equipamentos antigos e com defeitos. Não tive como checar essa informação.
Enquanto uns ajudavam a salvar o que era possível, gatunos, espíritos porcos, se aproveitavam da tragédia e roubavam o que era pra ser salvo. Desespero e dor, se misturavam a revolta. O Perpétuo Socorro se transformou em uma “panela de pressão”.
Até o final da noite e na madrugada, bombeiros e policiais trabalhavam no local. E nas escolas e ginásios de esportes, voluntários e técnicos do governo e da PMM, acolhiam os desabrigados e tentavam amenizar o sofrimento dessa terrível noite. A sociedade ajudava com doações de alimentos, roupas, colchões, produtos de higiene e água.
E essa rede precisa ser intensificada hoje, meus queridos, e nos próximos dias. Rede de solidariedade. Atenção. Doação. Enquanto essas famílias estiverem com suas vidas destroçadas.
Creio eu que estado e município darão prioridade às vítimas do incêndio nos programas habitacionais em andamento.
E que também terão solução para aquela área, vulnerável a tragédias como essa, para que não seja mais área de moradias de risco.
Não podemos esquecer que em 1998, outro incêndio como esse, em menores proporções, também aconteceu bem ali.
E ontem
Fotos: Mariléia Maciel
5 Comentários para "O day after da tragédia"
Esse mês de outubro tem de ser esquecido e apagado. Nossa quanta tragédia e fatos negativos. Naufrágio com inúmeras mortes; acidente grave envolvendo família com pessoa em coma ; explosão de embarcação com combustível e pessoas em estado crítico de saúde; mulher carregando a própria mão decepada e agora esse incêndio que deixou desabrigado e sem lar dezenas de famílias. Além de diverso acidentes e mortes. Deus conforte aos atingidos por essas fatalidades. É triste ver órgãos de imprensa e alguns jornalistas tripudiando com as dores dos outros e tentando tirar proveito político-eleitoral da situação. PASMEM!!! tudo prá eles é culpa do governo ou do prefeito. DÁ NOJO!!!
O 6º Batalhão da Polícia Militar, situado na Avenida FAB entre Hidelmar Maia e Prof. Tostes está arrecadando doações para as vítimas do incêndio.
6º Batalhão da Polícia Militar, situado na Avenida FAB entre Hidelmar Maia e Prof. Tostes está arrecadando doações para as vítimas do incêndio.
Povo unido grande corrente de solidariedade,vamos ajudar quem neste momento precisa de tudo
Povo unido grande corrente de solidariedade,vamos ajudar quem neste momento precisa de tudo