NORTE DAS ÁGUAS (Roger Normando)

(Para o Finéias ler somente às sextas, quando esta for antes das quintas)

Me anorteaste em ti,

em jazz ,

em “si” de tuas águas

rés aos ventos
de instrumentos cálidos

no passar dos barcos, em marolas
às quintas em poesia de sextas

que me assola como as Ninfeias de um certo Monet
cadê o pincel retrô de Debret?

para pintar o amanhecer

apenas com o olho Oiapoque esquerdo,

em oitavas de oitivas,

ao ritmo Debussy das águas borboleteantes das Amazonas
a apontar-me o sul

Naqueles seios em flecha

Que passa a oeste que me deste leite
mas ao leste que me veste o sol da musicaria
em deleite de sonoridades,

 

… e me arvoras

ao chispar das horas

da madrugada veloz.

Vruuuuuum….)

Avia a ave
que havia em mim

e que voa suave
ao encontro da foz
atlântico norte da voz

no cós do verbo costurado entre nós.

 

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