Não. Derruba a Fortaleza, logo!

Largo dos Inocentes, o único espaço que resta, mais ou menos conservado, do centro histórico de Macapá, corre perigo. E o Largo fica logo atrás da Igreja de São José de Macapá, que tem mais de 200 anos é o primeiro prédio erguido em Macapá. A Confraria Tucuju denuncia o risco e cobra providencias.

É que a prefeitura de Macapá deu alvará para o funcionamento de um mini-shopping, onde também está localizada a Lojas Americanas sem observar, ou cobrar, o Relatório de Impacto de Vizinhança.

 

E a área de carga e descarga do shopping e das Lojas Americanas está justamente no Largo dos Inocentes, com caminhões e outros veículos longos e pesados fazendo o serviço.

A Confraria Tucuju, entidade justamente criada para preservar a história, cultura e memória de Macapá, já havia pedido a prefeitura, para que fosse fechado o trânsito para veículos ali. Como a avenida Mendonça Furtado já é fechada ao lado da Igreja de São José e naquele perímetro só residem dois moradores antigos, seu Aristarco e seu Zé Maria Chaves (o sapateiro), fechar o trânsito ajudaria na preservação do  local e a igreja.  Além de não atender ao pedido da Confraria, a PMM transformou o local em estacionamento. E agora em rampa de carga e descarga de mercadoria.

Um absurdo. Um atentado ao que resta da memória de Macapá, que temos que denunciar e exigir providencias.

Deixo claro que a posição de preservar o centro histórico, não tem nada a ver com ser contra o empreendimento. Pelo contrário. Os investidores devem receber estímulos e apoios para implantar empreendimentos.  Porém sem prejudicar a cidade e seus moradores, prevendo corretamente suas áreas de serviços e de estacionamento. E a prefeitura, que é responsável pela organização urbana, deve atuar corretamente na expedição de alvarás e na fiscalização.

Hum!

 

  • Neste exato momento tem uma carreta enorme tentando estacionar em algum lugar que dê para desembarcar suas mercadorias. Fechar tudo acredito que não resolva. Agora exigir dessa prefeitura algo de inteligente é no mínimo ingenuidade..

    • Tb acho Marcos,deveriam permitir só o desembarque de mercadorias,mas evitar que se faça estacionamento na área.O atual prefeito nada fará,ou melhor,oqu ele sabe fazer com perfeição é piorar a qualidade de vida do povo amapaense.Tudo pq vale mais a “picuinha” com o governo atual. Se fosse o anterior(WG) estariam de mãos dadas saqueando os cofres e nada faria tb.

  • Quando criança,morei ali onde hj é o cartório,saudades dáquele lugar.A atual gestão da PMM “nem ai” p/o descaso com a coisa pública,alvará com o patrimônio histórico da cidade.Dizer que o povo ainda quer reeleger o prefeito papuda,o qual não fez nada p/melhorar a qualidade de vida da cidade e do povo deste município.AFF! é uito gostar de sofrer.

  • O que intriga a gente é que se fala tanto em plano diretor,porém o município não cobra estacionamento próprio das novas edificações.Um exemplo: A domestilar construiu dois prédios aqui no centro.Um alugado para o IBGE e outro para a CAIXA,sem estacionamento privativo.

  • Isso não pode ficar assim! Já temos tão poucas lembraças originais de Macapá, ainda corremos o risco de perder o Largo dos Inocêntes tal como é.

    • kkkkkkk…tb acho.Do jeito que ele tá “danado” construindo(??),não vai ter + ninguém sem teto.”Agora esta casa é nossa,né Antonela?” kkkkkkk…..,vai modificar o slogan do GEA.

  • Com os cuidados com o que é histórico, meu receio é que resolvam passar uma “mão de cal” para “embelezar” a Fortaleza de São José.

  • Tem que prender o prefeito novamente e desta vez por crime ambiental.
    E a Secretaria do Meio Ambiente fica ali do lado e não se manifestou em nada?

  • Essse prefeito não está nem ai para preservação do patrimônio histórico de Macapá. Ele está interessado mesmo é em arrecadar cada vez mais para sua campanha. A população vai dar a resposta a esse prefeito que conseguiu ser o pior da história da cidade de Macapá.

  • Não há qualquer dano ambiental, o estudo impacto da vizinhança e a aplicação do código de postura município devem resolver o dilema sem demais prejuízos. O estacionamento já estava lá antes da aberto do espaço, não entendo a polêmica agora. Fechar tudo nacionalismo bárbaro e tacanho.

  • O problema e que em td a Macapa transita enormes carretas… as mesmas que quebram a fiacao de telefones, energia… galhos de arvores, precisamos tirar distancia desse tipo de veiculo, pois a fiscalizacao fica devendo mt. se fecha os olhos… O concenso sempre foi a melhor VIRTUDE entre o MODERNO e o ANTIGO.
    O codigo de transito nao permite mais esse tipo de veiculo circulando nas cidades, e aquele velho terminal de carga que precisa funcionar… O progresso chega, mais nao causando prejuizo a cidade, em Belem na Cidade Velha temos uma grande loja ao lado de casa antigas e que tb sao tombadas como patrimonio historico e feito esse ajustamento para preservar as construcoes antigas…
    A CIDADE AGRADECE…

  • não sou do amapá, estou aqui a 13 anos, casei aqui, fiz amigos aqui, uma coisa que aprendi a admirar no amapaense é o valor que o mesmo dá a historia, aprendi isso com amigos amapaenses como joao carlos banha, meton jucá, alfeu dentista e outras grandes figuras, fico triste com o que acontece com esta area, mas contente com a repercussão que o assunto provoca, tenho certeza que em outros lugares do pais já teriam até derrubado a igreja de São José,

  • So Lembrando ! la pelos idos dos anos 70 a CAESA iniciou uma obra bem atrás da igreja São José, para colocar uma tubulação de esgoto que fazia parte do programa de Saneamento daquela area.
    Para Supresa dos operarios, descobriu-se que todo aquele espaço era um antigo cemiterio, estão ali embaixo centenas de corpos dos “Pobres” Macapaense que por não serem ilustres, não podiam ser enterrados dentro da igreja como mandava os costumes daquela epoca. mas mesmo assim, quem são estas pessoas que foram ali sepultadas ?? é necessario ponderar a respeito … eles continuam lá !!!

  • Como se não bastasse o crime cometido no início dos anos 70 contra o que era o Centro Histórico de Macapá – a Praça Veiga Cabral – pelo ex-governador Ivanhoé Martins, vindo tudo abaixo. Só escapou a Igreja de São José, e por pouco, pois havia a intenção de derrubá-la. Outro dia, uma amiga de Belém, a caminho de Afuá, queria visitar o Centro Histórico de Macapá, e não encontrava. Confesso que fiquei envergonhado, e contei-lhe que só a igreja, a ex-Intendência (hoje Museu Histórico Joaquim caetano da Silva) e a Fortaleza de São José. Aliás, até a nossa fortaleza passou pela cabeça de alguém derrubá-la, por volta do século XIX. A idéia era derrubar e, com os entulhos, aterrar o pântano que havia onde hoje é a área comercial, para acabar com a malária. Ou seja, matar a vaca pra acabar com o carrapato. Felizmente, essa ideia não vingou.

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