MP-AP reúne com gestores da SESA e do Hospital Sírio Libanês para debater novas ações de enfrentamento ao coronavírus no Estado

Na noite da última sexta-feira (17), o Gabinete de Enfrentamento de Crise do Ministério Público do Amapá (MP-AP) reuniu, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, com gestores da Secretaria Estadual de Saúde (SESA) e equipe do Hospital Sírio Libanês – integrantes do programa “Todos pela Saúde”- para discutir as novas ações de enfrentamento ao coronavírus no Estado. O encontro foi conduzido pela PGJ, Ivana Cei.


Ao iniciar, a procuradora-geral de Justiça agradeceu a vinda da equipe do programa “Todos pela Saúde”, enfatizando a certeza de que a expertise dos consultores do Hospital Sírio Libanês (HSL) dará grande contribuição ao Amapá.

“Nosso trabalho tem sido incansável, ininterrupto, porque a população bate em nossas portas a qualquer momento em busca de ajuda. Temos que atender às demandas e buscar soluções. Mas, sabemos das dificuldades. Por isso, acreditamos na força da colaboração e da unidade, para sairmos o mais rápido possível dessa crise. Queremos que tudo dê certo, portanto, sejam bem-vindos e pedimos que continuem nos ajudando”, manifestou Ivana Cei.

O coordenador do eixo finalístico do Gabinete de Gerenciamento de Crise e chefe de gabinete da PGJ, promotor de Justiça João Furlan, explicou que, visando justamente otimizar o trabalho da instituição e contribuir para a rápida solução de problemas, foram criados cinco Grupos de Trabalho (GTs), em diferentes áreas de atuação, intensificando o acompanhamento, pelo MP-AP, de todas ações relacionadas ao enfrentamento da Covid-19, no Amapá.

Os promotores de Justiça André Araújo, Fábia Nilci, Gisa Veiga e Alexandre Monteiro, que integram o GT – Estruturação da Rede de Saúde – e o chefe do Ministério Público Federal  (MPF/AP), procurador da República Pablo Luz de Beltrand, também participaram da reunião,  via videoconferência. Em seguida, o secretário de saúde do Estado, João Bittencourt, e a equipe do Hospital Sírio Libanês (HSL) apresentaram diagnóstico e as novas ações – algumas ainda em processo de validação, para o enfrentamento da pandemia no Amapá.

O médico do HSL, Alisson Veríssimo, coordenador da equipe, explicou que o trabalho inicia com medidas organizacionais, implantação de fluxogramas e protocolos, para otimizar e racionalizar o uso de recursos humanos e materiais.

“Nossa proposta é estruturar uma comunicação efetiva com o Amapá e mapear quais são as nossas necessidades de recursos frente às demandas em relação a progressão da patologia da Covid. Isso vai garantir utilizarmos o modelo de gestão de gerenciamento de crise para se antecipar aos problemas que podem causar um colapso no sistema de saúde”, explicou.

Dentre as medidas, foi confirmada a instalação do segundo Centro de Atendimento Clínico ao Covid-19, que funcionará na Maternidade da Zona Norte. A utilização dessa estrutura hospitalar – para acolher pacientes com coronavírus – já vinha sendo defendida pelo MP-AP. Sobre a situação no município de Santana, o titular da Sesa informou que estão sendo armadas tendas, ao lado do Hospital da cidade, onde serão instalados os leitos de isolamento.

Os consultores do Sírio Libanês frisaram que o cenário em crise muda rapidamente e que, por isso, vão adotar a metodologia de trabalho “ver e agir”, com prioridade para o que eles chamam de “blindagem” do Hospital de Emergências (HE) e Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal), para mitigar ao máximo o risco de contaminação e proliferação do coronavírus. Todos os dados serão concentrados em gabinete de crise específico criado no Palácio do Setentrião.

As propostas serão compartilhadas a todo instante com os gestores da Sesa para a tomada de decisões. Atendendo solicitação do procurador da Repúblico Pablo Beltrand, as informações também serão compartilhadas com os membros dos MPs do Estado e Federal. A equipe do programa “Todos Pela Saúde” foi deslocada ao Amapá após articulação do senador Randolfe Rodrigues, junto ao Banco Itaú e à direção-geral do Hospital Sírio Libanês, diante do agravamento da crise no Estado.

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