Governo Paralelo – Outra percepção

Por Paulo Bezerra – Mestre em Administração Pública

Muito bom o texto postado pelo ex-deputado Lourival Freitas em relação ao chamado governo paralelo. Os inúmeros comentários postados confirmam a pertinência do artigo. Em razão disso, gostaria de apresentar uma outra percepção sobre o assunto.

A crítica é irmã gêmea da democracia. Onde não há crítica, não é possível haver democracia. Do mesmo modo, sem a crítica e a vigilância da sociedade, pode ocorrer toda sorte de desmandos e irregularidades. Tome-se como exemplo o governo estadual passado. Com raríssima e honrosa exceção, a mídia local, por conveniências pessoais e empresariais, só cantava loas ao poder estadual. Deu no que deu. Portanto, a crítica é imprescindível à democracia.

O ex-senador Gilvan Borges, nos anos que passou no Senado, foi sempre uma figura folclórica, motivo apenas de chacota. Nunca fez nada pelo povo desta terra. Mesmo assim, ele tem direito ao exercício da crítica. No entanto, esta deve ser realizada dentro dos limites legais, sob pena de subverter o poder legal e legitimamente constituído. Entendo que este deve ser um dos critérios a serem utilizados pelo Poder Executivo no trato com o chamado governo paralelo e outros críticos do governo estadual.

O ser humano gosta de elogio, gosta de saber que está fazendo a coisa certa. Por isso, o homem, de uma forma geral, presta mais atenção ao elogio do que à crítica. Mas um agente político deve considerar as críticas recebidas. Seus assessores, na maioria das vezes, por razões óbvias, enaltecem seus feitos e diminuem seus erros. A crítica, seja do ex-senador ou de qualquer outro opositor, deve ser considerada, ainda que seja com o único propósito de se atender possíveis demandas sociais.

Há um claro vácuo na oposição ao governo estadual. Provavelmente pela forma como ocorreu a mudança de governo (Operação Mãos Limpas), no momento a oposição não tem cara. Estão todos trabalhando às escondidas. Existe um processo sistemático de críticas ao governo estadual, mas a sociedade não distingue quem é a personificação da oposição. O ex-senador está procurando se transformar no nome da oposição. Para isso ele vai procurar criar fatos políticos como forma de se manter na mídia e estabelecer cacifes para futuros embates eleitorais.

Durante toda a sua vida parlamentar, o ex-senador teve uma atuação pífia, sendo uma figura apagada tanto no cenário nacional quanto local. Agora, por única razão de espaço político, tem se arvorado a ser o defensor dos cidadãos amapaenses. Dentro dos limites legais, ele tem esse direito. Cabe ao Poder Executivo, na sua relação com o chamado governo paralelo, se pautar por dois critérios: Por um lado, a intransigente defesa da legalidade, e por outro, não criar fatos políticos para o ex-senador – isso é o que ele quer. Quem tem todas as condições de “dar a pauta”, de estabelecer a agenda é o governo estadual e não o ex-senador. Se o governo estadual aceitar o jogo do ex-senador, vai terminar ressuscitando morto. E isso vai ser uma pena.

  • Concordo plenamente com o texto acima. Para que o seu plano tenha êxito, o ex-senador conta com suas emissoras de rádio e tv. E é aí que mora o perigo, pois a utilização da mídia, estabelece uma opinião que não condiz com a realidade. Por outro lado, não vejo as atitudes deste senhor como críticas de uma oposição. Vejo mais como baderna, como atitudes de uma pessoa que não merece crédito, aliás, nunca mereceu, mesmo quando passeou em Brasília na condição de Senador da República, ocasião em que o Amapá esteve muito mal representado. O Amapá precisa de líderes, seja na situação, seja na oposição, que representem os anseios do povo, para que suas atitudes se revertam em benefícios para o Estado, não somente na capital, mas do Oiapoque ao Laranjal do Jarí.

    • Que nada! Ninguém consegue entender nada que as emissoras dele transmite, qundo tem som não tem imagem e quando tem imagem não tem som. Ele se preocupou só em pegar concessão e esqueceu que tem de investir em equipamentos para isto ele quer pegar outra boquinha em outro mandato.

  • Todo e qualquer texto sempre tenda comunicar algo, algum interesse, algum incômodo, algum medo. O texto do mestre em administração pública, Paulo Bezerra, não é diferente. Mas a pergunta é, o que mestre Bezerra quis comunicar?
    Vou listar e comentar duas possibilidades, dentre infinitas. A primeira pode ser uma tentativa de desqualificar o Gilvam. Se o intuito foi este, mestre Bezerra escreveu um bom texto. A segunda possibilidade é se mestre Bezerra tentou fazer uma crítica fundamentada sobre o desempenho do Gilvam como político e como opositor.
    Mestre Bezerra se utiliza do texto de Lourival Freitas para corroborar sua crítica e, interessantemente, percebe apenas coisas boas no texto de Lourival, ou seja, a percepção de mestre Bezerra evidencia que é completamente parcial, não sendo, portanto, muito confiável enquanto instrumento de crítica. Mas, logo em seguida, mestre Bezerra evoca a importância da crítica, ressaltando que esta é essencial a qualquer democracia – uma contradição grosseira e infantil.
    Mestre Bezerra faz considerações interessantes e coerentes sobre as relações de conquista e manutenção do poder. E volta a criticar Gilvam de forma arbitrária, ou seja, não explica o que é um bom político, não explica o que é fazer pelo povo. Apenas afirma que Gilvam não foi um bom político e não fez nada pelo povo. Sobre estas assertivas, mestre Bezerra mostra a típica ignorância dos fanáticos, isto é, conta a história como lhe convém, evidenciando assim, que não conhece o trabalho de Gilvam; e pior ainda, se coloca como se ele, mestre Bezerra, fosse a voz do povo – isto soa meio arrogante!
    Depois, mestre Bezerra orienta, coerentemente, que o Governo do Estado do Amapá (GEA) não vitimize (termo utilizado por mim) o Gilvam e use dos caminhos legais para combater o Governo Paralelo. E aqui, cabe mais uma falta de fundamento do texto de mestre Bezerra, isto é, ele não fala dos limites entre legalidade e ilegalidade, como se esses fossem claros, fixos e definidos.
    E, finalmente, parece que mestre Bezerra revela o que realmente quer comunicar quando afirma, “Se o governo estadual aceitar o jogo do ex-senador, vai terminar ressucitando morto. E isso vai ser uma pena.” Na verdade, mestre Bezerra comunica, também, medo e incômodo com a movimentação que o Gilvam tem feito com o Governo Paralelo enquanto movimento de oposição.

        • Sabe mas não valoriza, pois nem aqui mora!nem nunca morou, só vem aqui de passeio.Gente,claro que o MIGUEL GIL, FILHO do Gilvan Borges, se dói com toda e qualquer crítica que se faz ao pai dele, lógico,além de ser PAI dele ele também não quer largar a mordomia.Pensa que é fácil??!!

          • Gostei da tua fala, Marina! Sabes o que é mais interessante nela? É que tu te mostras! Mostras como pensa, no que acredita e, o mais interessante, que tu não leste, e se leste, parece-me que não entendeste, o texto do mestre Paulo Bezerra e nem o meu posicionamento em relação ao texto do mestre Bezerra.

        • Tô esperando até agora o ponto do GPS do birro São José. Aonde fica, Miguel Gil? Por acaso atolaste o pé na lama podre de lá? Outra coisa, vc é aquele que comenta assuntos de Brasília no rádio e na TV de Macapá? Se é, é muito fraco… Leitura, voz e dicção não combinam. E, às vezes, a transmissão é péssima.

    • Você é a pessoa que aparece na revista Veja, Estadão que fala sobre nepotismo, é? Tem um artigo que li e gostaria de compartilhar com o pessoal aqui:

      “Publicado por Pax em 18/05/2011

      O ex-presidente da República, atual presidente do Senado, José Sarney, é incansável em cometer deslizes. Notícia de hoje no jornal Estadão aponta que o transgressor Sarney nomeou o filho de seu afilhado político, outro contumaz transgressor, Gilvam Borges, para um cargo “mesada”, desses que ninguém trabalha mas recebe todo mês no Senado Federal.
      Nepotismo e Sarney provavelmente se tornarão sinônimos nos modernos dicionários da língua portuguesa com regionalismo brasileiro.
      Triste um país que precise deste tipo de apoio para governar.

      José Sarney e Renan Calheiros são dois nomes que incomodam até a malta.
      MIGUEL GIL PINHEIRO BORGES, o filhote de Gilvam, ficará sem seu mimo mensal graças à atuação do Estadão, que questionou o ato de nomeação.”

      TEM MUITO MAIS:
      http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/tag/gilvam-borges/

  • Quem estar promovendo tudo isso é o pinoquio que não para de mentir: è banda larga, é os not para professores etc…

  • As pessoas têm que ter um lugar na sociedade e no mundo moderno estudando, fazendo uma faculdade, mestrado, doutorado,. Concursos etc. todo mundo sabe que o Senhor Gilvan Borges teve uma atuação Pífia, infeliz e apagado no Senado, que me desculpe o Gilvan mais o mesmo era motivo de riso no Senado pela sua falta de capacitação a acadêmica, seus discursos eram vazios, alienados e a grande mídia zombavam do Gilvan Borges, nas padarias, nos cafés, nas bancas de revistas aonde aos domingos se reúnem alguns intelectuais o Gilvan é motivo de riso sinceramente. Agora ele arruma esta coisa de Governo Paralelo putz…(fala serio Gilvan) vá para uma faculdade vá se capacitar me desculpe vc ñ tem capacidade intelectual para representar o Amapá, se espelhe no Senador Randolf Rodrigues que esta dando um show sabe o que é isto, o Randolfe tem três faculdades…o Amapá já esta muito atrasado por causa de atuações como a sua no Senado, todos sabemos que foi o Sarney que lhe colocou lá. o senhor não tem voto Gilvan aceite isto, seja humilde, quando o senhor estava no senado só olhava e beneficiava sua família..pelo amor de Deus pare com esta doidice de Governo Paralelo, esqueça a política arrume outro meio do Senhor viver..por favor deixe o povo do Amapá em paz, agora o Camilo Capiberibe também não é nenhum santinho esta ajudando o Amapá a ficar ainda mais atrasado é só perseguição e mentiras…estamos ferradas…que a virgem de Nazaré nos proteja de vcs..e ainda vem este seu filho Miguel Junior complementar este circo faraônico..pobre de nós amapaenses, Gilvans, Camilos, Waldez, Sarney, MEU DEUS O QUE O POVO AMAPAENSE FEZ PARA MERECER TANTA INFELICIDADE..??? Alguém me responda

  • O texto do professor Paulo acerta quando fala no governante aceitar a crítica, mas é preconceituoso e arrogante ao falar em ressuscitar morto deixando claro que a presença de Gilvam incomoda.

  • O GILVAN DIZ QUE A PISTA QUE LIGA OS MARABAIXOS 1 E 2 E O SEMAFORO NA ENTRADA DO RAMAL DO GOIABAL (ISSO MESMO, UM SEMAFORO EM PLENA RODOVIA, PODE) QUE ELE QUER FAZER, RESOLVERÃO O PROBLEMA DAS MORTES NA ESTRADA DUCA SERRA. AÍ ME PERGUNTO, ESSAS “MUDANÇAS” IRÃO EVITAR UM ACIDENTE LÁ NA FRENTE DA COMUNIDADE DO CORAÇÃO E OUTRA ALI NA FRENTE DA LIXEIRA PÚBLICA DE SANTANA?

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