Foco no usuário, gente!

Confesso que me causou estranheza o fato da secretaria de Saúde do estado romper o contrato com o serviço de excelência que sabidamente é prestado pelo Imneuro do dr Alejandro Cadena.

Não conheço os detalhes da decisão da SESA, mas ouvi atentamente a entrevista do médico no Programa Café com Notícia, e por conhecer sua competência e seriedade naquilo que faz, e por ver sustentabilidade em seus argumentos acho que a Sesa pode estar criando um problema maior em vez de resolver.

Alejandro disse que tinha um contrato de 85 mil por mês com a SESA, e que realizava 50 exames por dia. Quando o serviço era feito pelo próprio governo, eram realizados 4 exames por dia, isso quando conseguiam colocar o tomógrafo pra funcionar, que como todos sabem o tomógrafo do Hospital Geral passava mais tempo quebrado que funcionando. Alejandro não acredita que o estado consiga fazer esse serviço por menor valor.

Ele diz ainda que na rede particular esses exames são feitos por aproximadamente 400 reais, e o valor que é cobrado para o governo é de 98 reais, Sendo que quem paga o serviço é o SUS e que o único trabalho da SESA é mandar as mídias para o Ministério da Saúde poder enviar o recurso.

“Esses equipamentos estavam há anos sem funcionar. Peguei os tomógrafos sucateados, arrumei o serviço por que pra mim era uma questão de honra provar que era possível prestar um serviço de excelência no hospital público. Torço para que o governo consiga colocar para funcionar com competência”, diz Alejandro.

Mas diz que vai discordar sempre da maneira como que a SESA conduziu a operação, de maneira truculenta e um atentado à liberdade, segundo ele

Em minha opinião, a gestão moderna, para potencializar o atendimento ao usuário final, deve sim, terceirizar serviços e gestionar corretamente a compra desses serviços, para o melhor custo/beneficio.

Foco no usuário, gente!

 

 

  • Esse médico “esqueceu” de dizer que além do preço SUS ele cobra um plus razoável que eleva sobremaneira o custo final do exame, com ele usando equipamento, pessoal e material fornecido pelo Estado. Assim é fácil dizer que o preço dele é menor que o de mercado.

    • Da impressão que se sucatea os serviços públicos para depois terceirizar e posteriormente superfaturar a compra.

    • Rodrigues,Qual material é fornecido pelo estado? Nenhum.
      No HCAL, manutenção, pessoal e material é PAGO pelo INNEURO. No HE o governo só é dona da área onde está localizado o serviço de tomografia, cuja edificação foi construída pelo INNEURO. Só prá informar até a energia elétrica consumida (através de rede exclusiva) é PAGA pelo INNEURO. Se quizer verificar o tranformador exclusivo está instalado em poste e o medidor está na mureta (existe na cea o registro da unidade consumidora, é só verificar).

  • Estou completamente estupefado com tanta coisa ruim acontecendo, parece que o estado está num caminho sem volta, caramba!

  • Até parece que tudo era perfeito no estado até dezembro/10, e a população reclamava na demora para fazer exames por pura frescura…

    • Neide. Concordo com você. Entretanto quero te informar que foi concluída a instalação do tomógrafo do HCAL em agosto/2010. Entretanto faltavam diversos itens que o tornava, inoperante, ou seja, não tinha condições de efetuar exames (faltava tudo de mobiliário a impressoras), quando foi entregue, em novembro/2010, a administração do INNEURO. O qual providenciou as correções/adapatações necessárias e iniciou sua operacionalidade em dezembro/2010.

  • Sr. Luis.
    Quem esta subestimando a capacidade dos servidores públicos que atuam na saúde do estado, achando que ninguém (a não ser da equipe da INNEURO) sabe ligar e manusear esse equipamento vai ter uma surpresinha em breve.

    • Ligar e desligar, ou seja fazer o exame, sim, porém manter funcionando ininterruptamente não. Voce sabe me dizer qual o tempo médio entre falhas (MTBF) dos equipamentos eletro-eletrônicos sob responsabilidade da SESA? Pois posso te dizer que é maior que 0.7. Exemplos existem, como os equipamentos de raio X,arcos cirúrgicos, elevador do HCAL, mamógrafos e outros que passam mais tempo parados que funcionando. Até uma torneira sensorizada (nova), utilizada em higienização hospitalar, com custo, da ordem, de R$ 1.000,00, em caso de recuperação (troca do sensor na ordem de R$ 200,00) ou substituição do conjunto é uma “novela” (fica desativada por período superior a 90 dias). Imagino quando for necessária a intervenção em equipamentos de alta complexidade (irá ocorrer o mesmo do elevador do HCAL, pois ouço falar que o mesmo seria recuperado em até 30 dias e, pelos meus cálculos, já são mais de 6 meses e continua na mesma situação.
      Em nenhuem momento me referi aos servidores e sim a gestão do órgão público SESA.
      No HE até a rede elétrica que serve o setor de tomografia é de propriedade do terceirizado (tem medição exclusiva, sem falar que a construção da sala de exame de tomografia foi custeada pela terceirizada.

  • Terceirizar a saúde? É moderno e, no mínimo, ridículo. O Estado tem que assumir seu papel e prover de maneira ágil, responsável e respeitosa o DEVER de zelar pela saúde. Terceirizar a saúde é jogar a toalha e reconhecer a incopetência de Estado como um todo de cumprir seu papel. Basta vermos os vários escândalos (Lê-se: roubalheira) que são encontrados nos contratos de terceirização de serviços em várias outras pastas.

    • Sylvio, obrigado por me confirmares o que já imaginava, pois estou convencido, mais agora, que o declarado pela SESA não condiz a verdade.
      Pelo que entendi, nas entrelinhas (site disponibilizado), você faz parte da medical care que é uma empresa na prestação de serviços em tomografia (terceirizada também), com sede em São Paulo. Provavelmente, existem interesses outros que não àqueles declarados pela SESA.
      Por curiosidade a medical care, ainda, trabalha com comercialização/manutenção de equipamento GE?
      Não tenho nada com a decisão da SESA. Entretanto é amoral e desprovida de qualquer conceito ético tentar, através de justificativas mirabolantes “denegrir” a imagem, perante a sociedade, de uma empresa idônea que presta, a muitos anos, serviços de qualidade a sociedade amapaense.

  • Alcilene
    A sua “estranheza” (minha também) é elucidada no comentário do Sr. Sylvio de 14.06.20012 (9:15 h). Pois, pelo endereço (site) exposto, a medical care é a resposta a nossa “estranheza”.

  • Como jornalista fiz inúmeras reportagens mostrando o caos na saúde.Algumas matérias feitas no governo passado jamais vou esquecer como-uma criança saindo de cirurgia e sendo entregue a mãe que estava sentada no chão porque não havia leito, a de uma senhora com câncer que ia buscar medicamento e sempre ouvia- “ não temos, a senhora tem que esperar”. Na entrevista me disse-“ eu espero , mas a doença não espera”. Matérias como estas, apesar de anos na profissão, me deixavam arrasada, mas por outro lado sabia que muitos profissionais de saúde lutavam para melhorar este quadro desanimador. Não posso deixar de citar o Dr. Alejandro Cadena como um dos profissionais que sempre lutou para que houvesse um atendimento de qualidade na saúde pública. Apesar da alternância de governos a situação não muda. E quem sai perdendo mais uma vez é a população amapaense.
    Jorn. Denise Paixão Costa-MTB 6544/RS

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