E o encontro do presidente Bolsonaro com o ministro Alexandre Moraes na posse dos novos ministros do Tribunal Superior do Trabalho – TST, na ultima quinta-feira, rende ate hoje nos sites, blogs e canais do YouTube. O encontro se deu um dia depois de Bolsonaro pedir à Procuradoria Geral da República -PGR, que investigue o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral – TSE (assume em agosto).
Eu estava lá na cerimônia de posse e vi a treta.
Os dois ficaram praticamente frente a frente.
Bolsonaro foi cumprimentar Alexandre, mas daquele jeito “bronco”, sinalizando com as mãos ao ministro para que levantasse pra falar com ele. O gesto agradou os bolsonaristas mais radicais que ficaram nas redes festejando a demonstração de poder. O cumprimento entre os dois gerou aplausos da platéia, mas nem tanto.
Aplausos mesmo, foi quando a cerimonialista do TST fez os cumprimentos a Alexandre Moraes. Ele foi aplaudido por minutos. Ovacionado. Enquanto Bolsonaro ficava imóvel na mesa, tentando fazer cara de paisagem. A platéia, grande, era formada predominantemente por juizes, desembargadores, advogados e membros do ministério público.
A reação demonstra que no meio jurídico, nessa briga, Bolsonaro leva a pior.
O jornalista Gerson Camarotti disse em seu blog no G1 que:
“A cena rara em uma corte de um tribunal superior em que um ministro é ovacionado, mostra que o presidente Jair Bolsonaroconseguiu o efeito inverso do que esperava: os ataques constantes fortaleceram de forma inédita o ministro Alexandre de Moraes no Judiciário.
Um integrante do Supremo Tribunal Federal (STF) observou ao blog que a escalada de Bolsonaro contra Moraes acabou unindo a cúpula do Judiciário.
Já um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ressaltou que a imagem dos aplausos na solenidade de posse de ministros no Tribunal Superior do Trabalho (TST) “aprofundaram esse simbolismo de reação conjunta da Justiça à tentativa de se criar uma nuvem de suspeição nas eleições desse ano.”
Veja aqui esse momento e a cara de Bolsonaro
Sem duvida, este foi o meu rolê aleatório do ano.