Domingo, 28, tem live do Piratão. “Mostrei que o Carnaval não é uma festa de loucos, mas sim uma das mais sadias manifestações populares(Maestro Villa- Lobos)”

*Alcione Cavalcante. Engenheiro Florestal. Ambientalista e diretor de Piratas da Batucada

  Consegui meu objetivo: Mostrei que o Carnaval não é uma festa de loucos, mas sim uma das mais sadias manifestações populares. (Maestro Villa- Lobos).

Cada vestimenta é um mundo de desenhos e bordados, apresentando, entretanto, uma linda visão de conjunto. (Repórter carioca retratando, com espanto, a vista que fez ao Barracão do Zé Espinguela)

  Piratão, o Rei do Sambódromo, sempre na frente, como demonstra a programação de nossa Live no domingo, 28, com direto a Chamada do Neguinho da Beija-Flor. É mole? Coisa para poucos. Sorry periferia. 

  Citei Villa-Lobos para mostrar que apesar despontar na vanguarda, estamos de igual modo vigilantes, estudando e aprendendo com o passado. De Villas assumimos que a nossa festa tem que ser alegre, sã e respeitosa com o público, a comunidade e simpatizantes. 

  De Zé Espinguela herdamos o capricho nas fantasias, nas alegorias, na harmonia, na evolução, na arte mágica do casal de Mestre-Sala e Porta Bandeira, no respeito aos brincantes, no reconhecimento à dedicação dos artesãos, no apreço aos artistas da Bateria Majestosa, do enredo, do samba e ao imbatível charme da Rainha. 

Mas, vamos em frente.

  O Carnaval de Piratas é a expressão de nossa alegria, nos enleva de prazer. Nosso samba, nossas bandeiras e nossa bateria expulsam a tristeza de nossa alma, afasta a paúra e mobiliza energias insondáveis.

  Nos meses que antecedem o carnaval, parece que nós piratistas, vivemos exclusivamente em função de nosso sempre inovador e primoroso desfile. Neste período não importam mais os afazeres burocráticos, as querelas domésticas e os senões profissionais. Muitos esquecem de todos os problemas terrestres. Fugas às asperezas da caserna, insurreições contra o formalismo e à inexorabilidade dos horários pré-estabelecidos. Delícia de esquecimento! Desacato venturoso a qualquer coisa que queira se impor ante a premente necessidade de atender ao Rei do Carnaval.  

A alegria, a irreverência, a perfeição e a força de nosso desfile desequilibra e emociona. A energia que colocamos nesse espetáculo, faz plasmar, emulsionar num só conjunto a massa de simpatizantes nas arquibancadas com todos os integrantes e diretores da Escola, resultando num fascínio coletivo, indisfarçável, irresistível e renovador da esperança que no próximo ano brilharemos em novo êxtase na avenida. 

A alegria da vida não vai acabar enquanto existir a preparação e o desfile e a Associação Recreativa Piratas da Batucada, O Rei da Passarela. 

A benção, Monteiro, Gilson Rocha, Manoel Torres, Jeconias Araújo, Válber, Sabrecado (Maranhão), e tantos outros que lá de cima se orgulham do legado que deixaram pro Amapá.  

Em parte inspirada em Lima Barreto.

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