Do Valor Econômico

Polarização no Estado pode ser quebrada pelo PSOL

Por De São Paulo

Luis Ushirobira/Valor / Luis Ushirobira/ValorCamilo Capiberibe: “Ficar contemplando a floresta diz muito pouco para os 700 mil habitantes que querem emprego”

As eleições de 2014 no Estado caminham para uma disputa entre os mesmos grupos rivais que se alternam no Poder depois que o Estado deixou de ser um território federal, em 1991. O governador Camilo Capiberibe (PSB) e o ex-deputado estadual Lucas Barreto (PSD) devem reeditar no ano que vem a disputa de 2010, quando o pessebista venceu a corrida estadual no segundo turno. Já o ex-governador Waldez Góes (PDT) negocia com o ex-senador Gilvam Borges (PMDB) e o ex-deputado estadual Jorge Amanajás (PPS) a formação de uma grande chapa de oposição ao PSB.
Diante deste quadro, Randolfe Rodrigues (PSOL), o mais jovem senador do Brasil, desponta como o único candidato até o momento capaz de quebrar a polarização política no Amapá. O parlamentar, contudo, ainda não decidiu se será candidato à Presidência ou ao governo. No Estado, o PSOL deixou de ser um mero espectador em campanhas eleitorais para virar realidade com a eleição de Randolfe ao Senado, em 2010, e de Clécio Luis (PSOL) à Prefeitura de Macapá, em 2012. A decisão sobre a candidatura, segundo o senador, deve ficar para o começo de outubro.
Filho do senador João Capiberibe (PSB) e da deputada Janete Capiberibe (PSB), o atual governador entra na campanha pela reeleição com a missão de defender sua gestão e o legado da família. Com um histórico de ambientalista e perseguido político, João Capiberibe cumpriu dois mandatos à frente do Amapá (1995-2002). Agora, o filho aposta na ampliação dos investimentos em projetos de infraestrutura e no desgaste político dos adversários para vencer a eleição e manter a influência da família no cenário local. O governador acredita que o escândalo de corrupção revelado pela Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, ainda deve repercutir junto ao eleitorado.
O episódio veio à tona a menos de um mês do primeiro turno da eleição de 2010 e foi determinante para Capiberibe alcançar o segundo turno, dobrando o percentual de apoio que exibia nas pesquisas. Na ocasião, foram presos Waldez Góes, que deixou o cargo de governador em abril daquele ano para concorrer ao Senado, e o seu vice, Pedro Paulo Dias (PP), que antes da denúncia aparecia em segundo lugar na corrida estadual. A dupla foi acusada de desviar verbas públicas em um esquema que envolvia além de políticos, empresários e servidores públicos. O prejuízo aos cofres estaduais teria sido da ordem de R$ 1 bilhão.
Eleito com as bandeiras da transparência e da ética, Camilo Capiberibe disponibilizou na internet todas as despesas de custeio e investimento do governo. “Empenhou vai direto para o site da transparência. Além disso, criamos um núcleo da polícia civil de combate à corrupção que investiga erros do Estado”. Denúncias de corrupção, porém, não são exclusividade da oposição. Na mesma operação que resultou na prisão de Góes, a PF encontrou indícios de que, enquanto deputado estadual, Camilo e outros colegas da Assembleia Legislativa desviavam recursos públicos por meio da verba indenizatória com passagens aéreas. Durante a investigação, a polícia teve acesso a documentos do Banco Central que mostram o governador como titular de 35 contas bancárias.
“Isso é uma bobagem. Desde a minha época de estudante eu tive até hoje quatro contas bancárias. Disseram que cada aplicação que eu fazia era equivalente a abertura de uma nova conta. Quem consegue administrar 35 contas? Prestei as informações e aguardo que o STJ se posicione”, argumenta Camilo, que acusa Gilvam Borges, principal afilhado político do senador José Sarney (PMDB-AP), histórico rival da família Capiberibe, de promover uma campanha de difamação pelo sistema Beija-flor de Rádio-Difusão, controlado pelo pemedebista, e que inclui rádios e canais de televisão no Amapá.
A principal dor de cabeça do governador na caminha rumo à reeleição é a parceria com o PT. Os planos de reeditar a chapa estão ameaçados pelas pretensões presidenciais do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Os petistas já decidiram que pretendem lançar candidato contra o PSB se Capiberibe apoiar a candidatura do correligionário ao Palácio do Planalto. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), enfrenta o mesmo dilema no Estado.
Não é à toa que os dois governadores preferem a manutenção da aliança com a presidente Dilma Rousseff. “Acredito que o governo Dilma tem sido bom para o Brasil e o Amapá. A luz da minha conjuntura eu não diria hoje que esse projeto não deve continuar. Não dá para eu dizer que é preciso mudar esse modelo. Talvez, precise mudar o modelo por dentro e não trocar por outro”. Capiberibe, contudo, deixa a porta aberta para o eventual lançamento de Campos ao afirmar que os protestos de junho mudaram o cenário político nacional. “A conjuntura mostrou que precisamos de opções. Agora, não está claro que vamos conseguir fazer uma disputa eleitoral mais pela esquerda que o PT, o que justificaria a candidatura presidencial própria. Temos que debater com o partido”.
De qualquer forma, a relação do PT estadual com Capiberibe já estaria desgastada há algum tempo, como atesta Borges. “A chapa que governo Amapá fragmentou o PT na intenção de mantê-lo na subserviência com pequenos nacos da administração. O que ocasiona situações até hilárias, como por exemplo, o fato de que quando em exercício, a vice-governadora (Dora Nascimento) não despacha do palácio do governo porque a sala do governador fica trancada”, diz Borges, cotado pelo PMDB para concorrer ao governo com Sarney candidato à reeleição no Senado.
O pemedebista desconversa sobre a candidatura do padrinho político, embora seu irmão, Geovani Borges, ex-deputado federal, tenha reconhecido que um dos principais objetivos do PMDD-AP na eleição de 2014 é assegurar mais um mandato para Sarney. Apesar disso, o ex-presidente ainda não teria batido o martelo. Os recentes problemas de saúde são apontados como justificativa para a indefinição. Outro nome cotado para sucessão estadual é o de Góes, que junto com Gilvam Borges e Amanajás iniciou visitas a municípios num movimento denominado Caravana do Desenvolvimento.
“As movimentações políticas já estão em curso. Waldez Góes, Jorge Amanajás e Gilvam Borges estão discutindo a composição de uma chapa majoritária que represente a frente de oposição. O nome de Waldez, portanto, está colocado como um dos possíveis candidatos ao governo desta frente, que terá como bandeira o desenvolvimento econômico e social”, diz a deputado estadual Marília Góes, mulher de Waldez. (CA, FT e LM)

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  • Com toda a repercussão e respeito que este blog tem no Brasil se ve que tudo que o Governador Camilo posta nas redes sociais pouco interessa as pessoas e da mídia..mta rejeição, quase ninguém acredita mais que o Governador fala.troço sinistro meu acredite…eu héin

  • Waldez e Gilvam não representam o desenvolvimento, mas sim o atraso e o conservadorismo. Waldez demonstrou ser um péssimo gestor público e PASMEM: Não sabe o que aconteceu na casa que governou(Estado do Amapá). Malandramente quer imputar a seus assessores a culpa pelo sumiço de mais de 70 milhões do combalido cofre do GEA. O cara tem de voltar a estudar e não entende nada de gestão pública, máquina administrativa e austeridade com os gastos de nossos impostos. Sua ingenuidade irrita e para quem trabalha arduamente para ganhar o pão de cada dia, ele é um péssimo exemplo para todos. O setor público e o setor empresarial tem de se livrar desse estilo de homem público, ou todos iremos para o mesmo buraco. Gilvam é o eterno menino bobo da corte. Tem medo da disputa e vive à sombra dos outros, seja de Sarney, seja de Waldez, tomando bença de seus fiadores. Não construiu base nenhuma e sua liderança(se é que tem) vai se desfazer quando Sarney voar para outro plano. Dentro do PMDB seus desafetos e insatisfeitos crescem e futuramente ele perderá o comando da sigla no Amapá, pois não constroi qualquer alternativa de poder, vivendo diuturnamente em função de tramar e de ser contra “OS CAPIBERIBES”. Essa doença, afetou sua maneira de visualizar o tabuleiro político, encurtado sua visão da disputa eleitoral e arranjo político. Nunca mais conseguirá um mandato se não inverter sua lógica de ver a disputa político-eleitoral.

  • Pra mim quanto mais corrupto melhor. Não adianta bancar de certinho, q pra achar um parlamentar 100% limpo tá dificil. alem do mais, sem essa de bem estar coletivo. porque na verdade é cada um por si.

  • O GILVAN DIZ Q TEM SOLUÇÃO PRA TUDO ENTÃO POR QUE NÃO VEM CANDIDATO AO GOVERNO, POR ISSO Q GOSTO DO PSB Q NÃO TEM MEDO DE DISPUTAR ELEIÇÃO!

  • O Comentário do dia 27.09 às 09:02, não foi feito por mim. Alguém usou meu nome para postar tal mensagem. Fiz apenas o comentário do dia 27.09 às 15:23

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