Sobre o Parque Zoobotânico. Publicado neste blog em agosto de 2013

* Marco Antonio Chagas. Doutor em Gestão Ambiental

onca pintada

Em 2008 o Parque Zoobotânico abrigava uma fauna de 221 animais. Em 2011 esse número caiu para 105 e hoje existem somente 60 animais no Parque.

Participei da elaboração do projeto de revitalização do “zoo” do Parque e peço perdão pelos equívocos. Errei pela utopia e por não considerar a história do parque, cuja vocação sempre foi a botânica do Sacaca.

A Instrução Normativa do IBAMA Nº 04, de 04 de março de 2002, estabelece as regras para o funcionamento de jardins zoológicos públicos ou privados. A categoria de jardins zoológicos mais simples (Categoria C) exige atendimento de 14 itens, incluindo a existência de laboratório para análises clínicas e patológicas, ambulatório veterinário,  setor extra destinado a animais excedentes, munido de equipamentos e instalações que atendam as necessidades dos animais alojados, entre outros.

Cuidar de animais em cativeiro é uma missão franciscana. Todos conhecem a luta do Paulo Amorim da RPPN REVECOM, em Santana. Uma onça custa ao Paulo entre R$ 6 a 10 mil reais/mês. Poucos sabem, mas enquanto as novelas globais passam, Paulo está mendigando sobras de alimentos dos supermercados para os animais abrigados na reserva.

A Prefeitura fez a opção de construir gaiolas para os 60 animais ainda existentes no Parque porque agora o prefeito atual blá, blá, blá… Também torço pelo Prefeito Clécio, mas a PMM já tem problemas demais.

Os animais têm o direito de morrer em paz. Evitar a exposição humana e destiná-los para um dos Centros de Triagem de Animais Silvestres – CETAS/IBAMA seria mais razoável. Esse Centro ficou de receber apoio da Ferreira Gomes Energia para abrigar os animais resgatados por ocasião do desmatamento da área do reservatório da hidrelétrica, que deverá começar ainda este ano.

Quando estudante do “IETA Forever”, minha primeira aula de campo de ciências foi organizada pelo professor Paulino Sousa do Rosário. Fomos ao Parque ouvir os ensinamentos botânicos do Benedito Vítor Rabelo, um dos maiores pesquisadores da Amazônia, o qual tenho a honra de compartilhar de sua amizade.

Enquanto a “Revolução dos Bichos” não acontece, minha sugestão é transferir os animais para o CETAS/IBAMA e destinar o Parque para atividade lazer, recreação e educação ambiental, como aquelas dos bons tempos do IETA.

*Nota do Blog: Espero que o prefeito Clécio Luis leia este artigo e tome a sensata decisão de transformar esse parque Zoobotânico em Parque Botânico.

  • Temos grandes exemplos no Brasil e no exterior a respeito do assunto. Parques zoobotânicos são extremamente caros e muito longe de manifestar consciência de preservação ambiental. Ibirapoera, Central Park e o Parque da Cidade em Brasília são grandes exemplos que deram certo tanto como opção de estudo e lazer, quanto em relação a auto-sustentabilidade. Nunca gostei de ver nossa fauna engaiolada, muito menos passando por necessidades. Acredito que a sugestão de um parque, empregando estrutura de bosque urbano com opções de “lazer verde”, centro de exposições e uma grande área para caminhadas, seria a opção mais viável.

    • Concordo plenamente.Inclusive, o projeto elaborado pela Ecotumucumaque foi cancelado em decorrencia que a própria equipe técnica do MMA não compreendeu a essencia e o alcance da proposta. Ainda em 2009 quando estive na condição de gestor da PMM defendi a transferencia da gestão do Parque para o GEA ou Ibama, por reconhecer as imensas dificuldades financeiras da PMM em fazer a gestão de um Parque Zoobotanico da dimensão do nosso. Torna-se imprescindivel a formalização de parcerias (verdadeiras) com outras entidades para que a PMM consiga fazer essa gestão a contento. Sozinha é uma tarefa ardua e praticamente impossivel no contexto orçamentario e financeiro atual. Portanto, a mudança de objeto do parque pode ser uma alternativa ou quem sabe para manutenção da categoria de zoo uma promissora parceria publico privada resolva essa situação.

  • Concordo plenamente com a opinião dos brilhantes tecnicos. Alias nem a propria equipe técnica do Ministerio do Meio Ambiente compreendeu na sua essencia a proposta elaborada pela Ecotumucumaque. Esse foi o motivo do cancelamento do Convenio firmado com a Prefeitura. Ainda no inicio de 2009 entao na condição de gestor defendi que a PMM transferisse a gestao do Parque para o GEA ou Ibama, justamente por conhecer a realidade financeira da PMM. O custo para manutenção de um Parque Zoobotanico é muito elevado e infelizmente a PMM com seus parcos recursos não possui as minimas condições de suportar essa tarefa. Portanto, a mudança do objeto do parque pode ser uma alternativa ou quem sabe uma promissora parceria público privada poderia resolver essa situação.

  • O Prefeito professor nao paga nosso PISO dos professores quer manter um parque zoobotanico a um custo que a PMM nao suporta, todos sabemos. As unidades básicas nao tem profissionais nem remédio (precisei do serviço e nada!). É CAIR NA REAL, LER O ARTIGO E OUVIR A BLOGUEIRA, OU, TRANSFERE PARA O GOVERNO DO ESTADO (Se é que o Camilo vai querer um fardo desses!). O tempo tá passando, Prefeito! O povo tá cansado de blá, blá… Se junte com o Camilo pra nao morrer os 2 abraçados. A HARMONIA tá prontinha pra dá o bote. O bigode nao morreu, tá vivinho.

  • Prefeito sai dessa de manter esse parque caríssimo. PAGA O PISO QUE É MAIS NEGÓCIO PRA TODOS NÓS. É LEI. NUM TE DESGASTA MAIS DO QUE JÁ DESGATOU. PREFEITO QUE NAO APOIA A EDUCAÇÃO NAO MERECE REELEIÇAO!! O PESSOAL JÁ TÁ FAZENDO CAMPANHA CONTRA TI NAS SALAS DE AULA. ABRE TEU OLHO, SUMANO! E ACABA COM ESSE TURNO INTERMEDIÁRIO QUE A GENTE NAO AGUENTA MAIS.

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