Círculos Restaurativos. Projeto e ações que pacificam famílias. Acho lindo!

Mp-Silvia Canela

Ministério Público e Tribunal de Justiça realizaram o curso de Supervisão da Prática para Facilitadores de Práticas Restaurativas, como parte da implementação do projeto “Círculos Restaurativos: Reconstruindo afetos, pacificando relações familiares”.

mp-circulos

Os “Círculos Restaurativos” apresentam uma metodologia para resolução de conflitos sem violência e estabelecem uma espécie de conexão entre as pessoas, explorando as diferenças existentes na relação e oferecendo a todos uma oportunidade de solucionar os problemas por meio do diálogo franco e respeitoso.

O procurador-geral de Justiça do MP-AP, Roberto Alvares, acompanhado do chefe de gabinete da PGJ, promotor de Justiça João Paulo Furlan, esteve no encerramento do curso, ministrado pelas psicólogas e especialistas em mediação de conflitos Marta dos Reis Marioni, Vânia Curi Yazbeck e Violeta Dao, dividido em três módulos (teórico, atividades práticas e supervisão de práticas restaurativas).

“O nosso propósito sempre foi o de humanizar todas as relações e de trazer de volta o sentimento humanitário que nós temos. Porque o que estamos vendo, de um modo geral e no contexto atual, é que o poder está cegando as pessoas. E, geralmente quem está assumindo postos de poder, acaba se envolvendo com um mundo de vaidades tão grande que não percebe, numa linguagem metafórica, que isso é uma árvore e que precisa ser podada sempre. Logo, qualquer missão só será válida, se o missionário perceber a nobreza do ofício”, iniciou.

O PGJ também falou sobre a possibilidade da construção de uma “nova era”, que inicia com o fim de curso para facilitadores de práticas restaurativas. “Os senhores e as senhoras aprenderam, apreenderam e, portanto, sedimentaram conhecimentos de humanidade neste curso. Se nós estamos aqui, num ato, cujo propósito é melhorar as relações com a sociedade, que, aliás, é a destinatária final dos nossos serviços, temos que fazer, despidos de vaidades, com a vontade de servir e o propósito de sermos úteis”, acrescentou Roberto Alvares.

Representante do TJAP no evento, o juiz auxiliar da Presidência, Décio José Santos Rufino, também abordou a necessidade do fortalecimento de ações que aproximem dos órgãos que compõem o Poder Judiciário da comunidade. “Esse é um programa social da maior relevância porque prima pelo restabelecimento da harmonia nas relações entre as pessoas que estão em conflito naquele momento. Não há nada mais importante, porque não é a decisão do juiz, dizendo quem está ou não com a razão, que será capaz de trazer a paz. Esse trabalho que vocês estão fazendo é muito mais do que isso.”, avalia.

A coordenadora do Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas de Santana, promotora de Justiça Silvia Canela, reforçou a relevância da metodologia utilizada em práticas restaurativas. “Todas as pessoas que já trabalham nos Círculos Restaurativos puderam experimentar o poder que essa metodologia tem. Isso é algo muito lindo, é algo transformador. E, não existe nada melhor que você ter a chama da esperança no seu coração. A chama de que você pode fazer alguma coisa, colaborar com o teu semelhante, com o teu próximo”, manifestou.

Para a juíza da Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Santana, Michelle Costa Farias, que coordena o projeto dos “Círculos Restaurativos” no TJAP, o perfil dos novos facilitadores revela compromisso com o projeto. “Todos nós sabemos como é difícil abrir mão do trabalho lá fora e vir para um treinamento como esse. Sentimos o envolvimento, comprometimento e a vontade de todos aqui”, comemorou Michelle. Também participou do curso, a juíza da 2ª Vara Cível de Santana, Eliane Pingarilho.

A psicóloga Violeta Daou, que recebeu do procurador-geral de Justiça uma singela homenagem, simbolizada através de um vaso com orquídeas, destacou que o projeto atingiu uma fase de amadurecimento do grupo, que vem se reunindo ao longo das capacitações, e finalizou agradecendo a oportunidade. “Sou muito grata a essas pessoas que acreditam e abrem espaço pra gente poder praticar e ensinar o que a gente acha que é útil. Esse é o nosso agradecimento de coração”.

No encerramento, a analista ministerial Alzira Nogueira, assistente social do Centro de Apoio Operacional da infância, Juventude e Educação (CAOP-IJE) do MP-AP, frisou que uma nova etapa vai iniciar. “Estamos agora mais fortalecidos para darmos continuidade nesse trabalho. Essa semente de Justiça Restaurativa no Amapá está apenas sendo lançada. Agora, precisamos de um curso de formação para formadores”, solicitou.

O PGJ, Roberto Alvares, acatou a sugestão e firmou o compromisso em dar o apoio institucional necessário para mais uma capacitação.

 

SERVIÇO:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá

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