O Ciclo do Marabaixo continua neste fim de semana no Laguinho com o corte do mastro no sábado e no domingo tem o 2º marabaixo. Os festejos são em homenagem à Santíssima Trindade e ao Divino Espírito Santo que são reverenciados no Amapá continuando uma tradição trazida pelos nosso primeiros moradores. No Laguinho dois festeiros cumprem o Ciclo que inicia oficialmente no Domingo de Páscoa e encerra no dia de Corpus Crhisti. O ritual segue a maioria das comemorações de matrizes africanas, que divide-se em religiosa e a lúdica.
A Associação Cultural Raimundo Ladislau, coordenado pelos descendentes de Julião Ramos, um dos responsáveis pela manutenção da tradição do marabaixo quando a cidade de Macapá começou a se desenvolver, faz a festa com a participação de mais de 150 membros da Associação e espera este ano a visita de mais de 5.000 visitantes. Até o final do Ciclo tem bailes dançantes, ladainhas, missa, novenas e cinco rodas de marabaixo. Para isso, a coordenação está preparando 2.500 litros de gengibirra e muita carne para os caldo que serão servidos até o fim dos festejos.
No Laguinho, além do Raimundo Ladislau, o grupo Mestre Pavão, também descendentes de Julião Ramos, realiza a festa. Seguindo a tradição, neste sábado, 8, às 10:00 será a retirada dos mastros dos santos nas matas do Curiaú, porém, após muitos anos, esta será a primeira vez que os dois grupos farão a retirada juntas e com a participação do grupo Berço da Favela, do Santa Rita. Os mastros dos dois grupos serão levados para uma casa próxima à do festeiro de onde será trazido às 10:00 de domingo, Dia das Mães, para a casa da Tia Biló e do Mestre Pavão.
“Será uma grande festa, reunindo gerações de nossa família e recebendo amigos e convidados iremos cantando e dançando para o Curiaú e assim voltaremos em homenagem aos nossos ancestrais, à nossa história e aos santos”,fala a presidente do Raimundo Ladislau, Danniela Ramos. Este ano outra novidade será incorporada aos festejos pelas crianças, no ato da retirada elas irão plantar árvores no local da retirada.
Mariléia Maciel