Caso Konishi

Julgamento de Wellington Raad continua hoje

Matéria do Jornal A Gazeta

Texto: Ailton Leite

Fotos: Erich Macias/a Gazeta

Começou na manhã de ontem (30), por volta das 9 horas, um dos julgamentos mais aguardados pela sociedade amapaense. Wellington Luis Raad Costa sentou no banco dos réus da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá, após dois anos do triplo homicídio que vitimou a advogada Carolina Camargo e os filhos Marcelo e Vitória Konishi, ocorrido na noite do dia 10 de maio de 2010.

O clamor por justiça tomou conta do público que lotou o plenário no primeiro dia de julgamento, presidido pelo juiz Luiz Nazareno Huasseler. A família das vítimas, incluindo o pai de Marcelo e Vitória, acompanhou de perto, o trabalho da acusação.

Peças essenciais no processo, os jurados foram escolhidos um a um. Ao final, quatro homens e três mulheres foram selecionados para decidirem o futuro de Raad.

Defesa

Dois advogados são encarregados da defesa de Wellington Raad. Maurício Pereira e Américo Leal trabalham com a tese da negativa da autoria e nas falhas da perícia. “Meu cliente confessou o crime sob coação psicológica. Nessas condições, qualquer pessoa se diz culpado”, ressaltou Pereira.

Acusação

Os promotores Iaci Pelaes e Afonso Pereira são os responsáveis pela acusação. Ao oferecer a denúncia, o Ministério Público se diz convencido de que Wellington Raad é o autor do triplo homicídio. “Temos convicção de que o acusado praticou o crime, inclusive, com requinte de crueldade, sem oferecer qualquer chance de defesa para as vítimas”, enfatizou Pelaes.

Testemunhas

No primeiro dia de julgamento foram ouvidas 12 testemunhas. A primeira convocada foi Jamili Barros Correa, na época, namorada de Raad. Nervosa, ela preferiu depor sem a presença do ex e da família dele. A testemunha contou não se lembrar de detalhes ocorridos no dia do crime, mas relatou que recebeu uma ligação de Raad da casa das vítimas. Jamili disse ainda, que chegou a ouvir as vozes de Marcelo e Vitória por telefone.

No depoimento, ela informou que o então namorado teria dito que estava resolvendo um problema e só chegaria a sua casa por volta das 23 horas. Ao se encontrar com Raad, percebeu um ferimento na mão que teria sido resultado de uma briga entre ele e uma pessoa identificada como “Marcos Mazena, que a testemunha disse desconhecer.

Jamili contou que Wellington chegou naquela noite tomado banho, mas que exalava um forte cheiro de sangue e que ele lhe ofereceu um aparelho celular, que mais tarde, nas investigações ficou comprovado ser de Vitória.

A segunda testemunha foi o delegado Roberto Prata, responsável pelas investigações na época. Em detalhes, Prata relatou a cena do crime. Em certo momento, chegou a dizer que em 20 anos de profissão, “nunca tinha visto algo semelhante”. O delegado reafirmou que Wellington Raad confessou o crime.

As outras testemunhas foram delegado Celso Pacheco, que participou das investigações; Ronaldo Barata, psiquiatra que fez a análise clínica do acusado; Eliete Borges, diretora da Politec na época do crime; Maria do Carmo, vizinha da família Konish; Emanuel Pena, perito; Mari de Moraes, empregada das vítimas; Danieli Nascimento, namorada de Marcelo; Pâmela, atual noiva de Raad; Lariza, amiga de Jamili e Alecsandro.

O julgamento segue hoje (31), ouvindo mais testemunhas e a apresentação das teses da defesa e acusação. A família das vítimas comunicou que só falaria com a imprensa após o veredicto final.

 

 

  • a luta dessa mãe que e a do weligton raad e uma luta incansavél, comtra o estado do amapá mas não perca a esperança vc. vai provar que seu filho e inocente confie em deus que e maior.A justiça de Deus é justa e não falha.

    • Você tem razão. A justiça de Deus é justa e não falha…, tanto que o psicopata foi condenado.

    • Provavelmente o seu Deus Carla, é o mesmo do Welligton!!!!! O nosso Deus aqui na terra ja fez justica.

  • O único que pode julgar não podemos vê-lo,mas ele vive entre nós,e é o único que tem esse direito,não nós seres humanos falhos e pecadores.

    • Sim dna Claudia Merces, com certeza em alguns momentos de nossas vidas erramos, MAS, NEM TODOS(GRACAS A DEUS) SAO CAPAZES DE FAZER ESSA CRUELDADE, entao, sinto-me no direito de abominar essa aberracao, de ter muita raiva dele e desejar que pague pelo menos uma pequena parte de sua divida aqui na terra. E vc esta sendo hipocrita fazendo este comentario pois, acabou de julgar tbm!

  • O jovem wellington nâo é inocente, porém há indícios suficientes de que ele nâo participou deste bárbaro crime sozinho.Ele agiu como agiu judas cm Jesus , a traiçâo,a pior atitude de um ser humano.Desejo a ele a renovaçâo do espírito santo e um verdadeiro encontro com DEUS.

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