CARTA AO PT E AO POVO DO AMAPÁ

* Isaías Carvalho. Dirigente do PT- Amapá

“Há que endurecer-se, mas sem jamais perder a ternura” Che Guevara

Em relação ao ato de violência praticado por mim contra o Secretário de Justiça e Segurança Pública do Amapá -SEJUSP, em frente ao local onde foi realizado o Encontro Estadual de Tática Eleitoral do PT, venho por meio do presente instrumento, me retratar e pedir DESCULPAS PUBLICAMENTE ao companheiro MARCOS ROBERTO e sua mãe PROFESSORA TEREZINHA.

Tenho 34 anos e destes estou filiado e militando à 18 anos no Partido dos Trabalhadores, partido onde já tive a oportunidade de exercer doís mandatos de vereador e disputar a prefeitura municipal de Pedra Branca e a Deputado estadual por duas veses, além de poder exercer a função de direção partidária como presidente do Diretório Municipal do PT  por dois mandatos, membro do Diretório e da Executiva Estadual como Secretário Agrário e de Formação Política agora pelo segundo mandato consecutivo.

O fato é que nestes 18 anos de vida pública e orgânica no PT, já travei vários embates e debates as veses até fervorosos, porém nunca agredi fisicanente nenhum companheiro ou membro do PT, seja ele meu desafeto ou adversário.

Ao contrário do que afirmou em nota pelo secretário, em nenhum momento mesmo com todo aquele bate boca e empurrões me dirigi a sua mãe com agressividade ou discordialidade, fui agressivo SIM, única e exclusivamente com ele.

Não vou aqui entrar no mérito ou na questão que me levou a praticar esse ato insano lamentável, por que independente da motivação, estando certo ou não.  NADA JUSTIFICA A VIOLÊNCIA ainda mais contra um Secretário de Estado.

As pessoas que me conhecem, sabe que eu não tenho a natureza agressiva ou violenta, infelizmente não sei o que houve comigo na quela ocasião, em que, cheguei a perder totalmente o controle e a partir para agressão física. Confesso que tenho e carrego mágoas por algumas atitudes praticadas pelo companheiro Marcos a mim e a minha família, repetindo: o que não justifica aquela atitude de violência.

A questão é na quela ocasião, após um longo debate anterior e no tumulto e empurra empurra acabei agindo por impulso e de maneira irracional, movido pela ira, pelo rancor e pelo ódio acabei fazendo besteira. Sabe aqueles cinco segundos de completo descontrole? Foi isso aconteceu comigo. Quem nunca viveu um momento deste que me atire a primeira Pedra.

Não quero com isso justificar ou pedir com que o Professor Marcos não corra atrás do que por ventura entender ter o direito, afinal cometi um ato desprezível.

Faço isso por que estou profundamente arrependido do fiz naquele momento, onde hoje se eu tivesse como, apagaria tudo isso da minha história e memória, pois estou mal comigo e com minha consciência, sendo que, desde o ocorrido não tenho conseguido dormir tranquilo.

Se tivesse como voltar atrás mesmo que fosse pelo repúdio contra uma injustiça cometida, como o caso em questão, já mais agiria desta forma novamente. Seria duro SIM, mais já mais me deixaria perder a ternura.

Nunca irei deixar que se cometa qualquer injustiça com quem quer que seja na minha presença e faço e farei isso por princípio e convicção. Já sofri muito com o preconceito dos outros para com minha origem e formação e luto todos os dias para que isso não aconteça com outrem.

Quero aqui mais uma vez reforçar o pedido de  DESCULPAS PUBLICAMENTE, por todos os transtornos que causei aos companheiros de partido que presenciaram aquela cena lamentável e principalmente ao Secretário de Segurança MARCOS ROBERTO e sua mãe PROFESSORA TEREZINHA.

Isaías Carvalho

  • Não conheço nenhum dos dois envolvidos. Só sei mesmo o que li desde o fato ocorrido. Atualmente – descrente da política e muito mais de convicções partidárias como instrumentos de transformação e melhoria da condição de vida de todos nós – apenas me cabe observar a data deste pedido público de desculpas… 1º de Abril…

  • Independente da pessoa dos envolvidos, suas razões e emoções. Gostei da posição do Isaías, reconhecei o erro, atitude incomum entre os homens, mostrou arrependimento e pediu desculpas. Cabe a parte ofendida relevar ou não.

  • Louvável o pedido de desculpas.
    Outrossim, nada impede o Secretário Marcos Roberto e sua mãe Professora Terezinha de processarem o autor das agressões, e arrancarem alguma indenização por danos morais.
    Aí sim, ele nunca mais tentará repetir a graça.

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