Candidato agredido no Amapá é notícia em O Globo

Candidato defensor da causa LGBT é agredido no AP

RIO – O candidato a deputado federal pelo PSOL do Amapá, Waldir Pires Bittencourt, relatou, em sua página no Facebook, um caso de agressão sofrida por ele nesta quarta-feira à tarde. Waldir, que é militante dos direitos dos LGBTs, conta que vinha recebendo ameaças pela internet. Ele estava distribuindo seu material de campanha em Macapá quando foi atingido na cabeça por uma pedra, atirada de alguém de dentro de um carro.

– Passou um carro e uma pessoa de dentro jogou-me uma pedra que atingiu o meu rosto, minha testa, que imediatamente começou a sangrar muito – diz a postagem. – Vivemos em um país homofóbico e violento, onde pessoas que defendem as liberdades individuais, como eu, podem, a qualquer momento, sofrer uma agressão, inclusive física como a de hoje.

O candidato disse ao GLOBO que a evolução das ameaças na rede para a agressão física foi muito rápida.

– (As ameaças começaram) Há alguns dias, mas não tinha feito a denúncia. Comuniquei à direção da minha organização política e estávamos procurando assessoria jurídica para ver como deveríamos proceder, mas não deu tempo. A agressão aconteceu logo no dia seguinte ao início das ameaças – conta. O caso foi registrado na 6ª DP, região central de Macapá.

Waldir diz que não conseguiu anotar a placa do veículo, mas chamou a atenção o fato de o carro estar caracterizado com adesivos da campanha do candidato ao governo do estado pelo PSD, Lucas Barreto.

– Digo isso porque foi uma característica que me chamou a atenção. Não estou afirmando que a campanha de Lucas tem relação com o fato – afirma.

Barreto, por sua vez, negou qualquer relação de sua candidatura com o fato e repudiou o ataque ao candidato do PSOL.

– O adesivo não classifica que aquela pessoa é da campanha, pode ter sido até um adversário que pegou um adesivo lá no comitê. Essa agressão é um absurdo, jamais permitiríamos isso. Nós não temos problema nenhum com homossexuais, inclusive caminhamos com grupos LGBTs. Não apoiamos violência contra LGBTs nem contra qualquer outra pessoa – disse.

Waldir afirma que vai continuar sua militância em favor dos homossexuais.

– Acredito que é possivel prevenir a homofobia, através de um plano efetivo de educação nas escolas e através da criminalização da homofobia. Depois do mandato do companheiro Jean (Wyllys, deputado federal pelo PSOL-RJ) que é um dos maiores incentivadores de nossa campanha, conseguimos avançar, mas ainda não podemos parar de lutar – afirma.

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