Residencial Oscar Santos: um memorial a céu aberto
A Prefeitura Municipal de Macapá instalou um memorial em homenagem a Oscar Santos na principal via do primeiro conjunto habitacional da gestão do prefeito Clécio Luís. O Mestre Oscar Santos olha serenamente para o horizonte e sopra sua flauta transversal espalhando notas musicais que ecoam por todos os lados.
O Maestro Oscar Santos (1905 – 1976) foi um dos mestres da música amapaense, e é considerado um dos maiores educadores musicais da Amazônia. Foi com a dedicação ao ensino de todos os instrumentos na área de sopros, percussão, violão, violino, entre outros, que ele desencadeou uma revolução na educação musical do então Território Federal do Amapá.
O memorial montado no conjunto habitacional é um símbolo comemorativo ao revolucionário da educação musical na Amazônia. A presença da ilustre figura reforça o conceito de cidade criativa adotada pela PMM para as novas intervenções que aprimora a qualidade de vida na cidade de Macapá.
Criado pelos artistas da Associação Macapaense de Artesão e Artistas (Amaarte), o monumento é confeccionado em fibra de vidro que recebe pintura metálica. Todo o processo de criação durou quinze dias de trabalhos intensos. “Os artistas precisavam de um prefeito que os vissem como cidadãos capazes de contribuir para o desenvolvimento local, adorei o convite para participar deste projeto de grande significado histórico e cultural que envolve o nome do Mestre Oscar”, afirmou o escultor Ernandes Melo.
Além do memorial, o residencial Oscar Santos possui 16 vias públicas que recebem nomes de músicas em homenagem aos poetas, compositores e intérpretes regionais. Todas as vias receberão sinalização vertical com referências a música, e serão identificadas por totens, cada um com de 2,4 metros de altura, também construídos pelos artistas da Amaarte.
A iniciativa da PMM homenageia a música regional e agrega valores simbólicos ao residencial que será oficialmente inaugurado pelo prefeito Clécio Luís, na noite desta sexta-feira, 8, às 18h, com a entrega das casas e sorteio de eletrodomésticos e móveis aos novos moradores.
Na ocasião, cantores regionais, herdeiros diretos e indiretos da arte do Mestre Oscar, interpretarão as canções que dão nome a Rua principal do Conjunto e as suas 15 alamedas.
Nomes das vias
01. Rua Sentinela Nortente – Osmar Júnior – via principal
02. Alameda Toada Cabocla – Marcelo Dias / Miguel Júnior
03. Alameda Doce Cantar – Ana Martel
04. Alameda Rosário de Ouro – Val Milhomem / Joãozinho Gomes
05. Alameda Minha Cidade – Bebeto Nandes
06. Alameda Pérola Azulada – Zé Miguel / Joãozinho Gomes
07. Alameda Bacabeira – Enrico / Joãozinho Cleverson
08. Alameda Luz do Mundo – Manoel Cordeiro / Roneri
09. Alameda Pedra Negra – Fernando Canto
10. Alameda Sereia dos Rios – Rambolde Campos
11. Alameda Negro de Nós – Ilan do Laguinho
12. Alameda Floração – Beto Oscar / Helder Brandão
13. Alameda Padroeiro São José – Adelson Preto
14. Alameda Colibri – Finéias Nelluty
15. Alameda Lugar Bonito – Nivito Guedes
16. Alameda Andorinha – Oscar Santos
Música na veia, nas ruas, nas casas
No fim da tarde desta quinta-feira, 7, em frente ao Palácio Laurindo Banha, sede da Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), um coquetel foi oferecido aos familiares de mestre Oscar Santos e compositores amapaenses, que foram homenageados tendo o título de suas canções como nome das alamedas do Conjunto Residencial Mestre Oscar Santos, que será entregue nesta sexta-feira, 8.
Lúcia Uchoa, neta do Mestre Oscar, agradeceu a prefeitura e destacou a dedicação que Oscar Santos deu à música e à formação dos músicos do Amapá. “Nossa família é responsável pela preservação do nome e da história de meu avô. Agora temos aliados, o prefeito de Macapá e sua equipe”.
Cada alameda tem um totem informativo, feito pelos artesãos de Macapá, com a composição que dá nome a alameda e o nome dos autores. A presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), Márcia Corrêa, ressaltou que o residencial Maestro Oscar Santos recebeu um novo conceito de ação, de forma agregadora, buscando incluir a cultura, a história, e as pessoas.
Fotos: Nayana Magalhães
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15 Comentários para "Amando tudo isso"
Adorei o nome das alamedas.
Faltou só Juliele, de voz impar nas noites amapaenses.
Já estou imaginando o paraíso que vai ser futuramente o Residencial Mestre Oscar Santos. Civilizadamente, vai ser o próprio Berço da Cultura musical e artístico amapaense.
O Marinho e Lúcia Uchôa, sentirão saudades e voltarão novamente a residirem na Terra Tucuju do batuque e do nmarabaixo!
Tadeu, vc pegou o espírito da coisa. Vamos trabalhar para fazer do residencial um polo musical.
Minha amiga Alcilene, boa tarde. Sou sincero, não votei no Clécio, por motivos vários que nao gostaria de itemizar, pois minha intenção neste momento em que me pronuncionão é essa. Mas é com grata satisfação que venho a este democrático espaço parabenizar ao prefeito Clécio e a todos que compõesm sua equipe. Parabéns pelo feito, ou seja, a acomodação de famílias e seu conforto em um conjunto habitacional e, de uma só tacada a genial sacada de homenagear uma das figuras se não a mais proemninente que tivemos em nosso estado Mestre Oscar. Achei de muito bom gosto as sinalizações de transito e as partituras nas faixas de travessia de pedestres. Ao prefeito Clécio e sua equipe peço ao nosso bom DEUS, que continue nesta linha ajudando os mais necessitados em uma das mais básicas necessidades ou seja a sua moradia.
Abraços prefeito e parabens mais uma vez.
Faltou Amadeu Cavalcante! O quê que aconteceu?
Amadeu foi homenageado como intérprete de Sentinela Nortente. Está no totem o nome dele.
Posso até estar enganado, por isso gostaria que algum leitor esclarecesse. A lei brasileira permite a aposição de nomes de pessoas vivas em ruas e avenidas ou mesmo prédios e outros logradouros públicos? Isso é possível a luz do ordenamento jurídico do Direito Brasileiro?
Mestre Oscar já morreu há alguns anos…
Caro Max, as alamedas tem nomes de músicas e não de pessoas.
NOTA DE REPUDIO
Gostaria de informar que o meu sogro senhor SANDOVAL SANTOS, filho mais VELHO de mestre Oscar Santos, está vivo, ele é pai do Dr. Alipio Santos, Procurador Federal da AGU, Izabel Santos, administradora de empresas e Maria Izolina Oliveira Santos Parro, servidora publica lotada na Controladoria Geral do Estado do Amapa. Nao fomos convidados, avisados, alertados, convocados ou coisa semelhante, em relaçao a esta inauguraçao, estamos extremamente indignados. meu sogro serviu por anos a extinta guarda territorial, e nao merecia ser assim esquecido/descartado, infelizmente é o que vem ocorrendo neste momento no amapá.
Faltou o o Profº Antonio Messias, grande poeta que muitos dos homenageados musicaram suas letras. Uma pena que o próprio prefeito, que era seu amigo, não lembrou.
Falataram muito, mas o residencial só tem 16 alamedas. Esse é um projeto piloto, muitos outros virão.
Os homenageados são figuras do nosso momento musical e merecem as louvas. mas mestre Oscar não conviveu e nem ao menos conheceu alguns deles, poderiam ter lembrado de gente como: Os Mocambos, Os Cometas, Nonato Leal, Amilar Brenha, Prof.Tiago e outros, é como homenagear Vinícius de Moraes e colocar músicas de Jorge Vercílo, Lulu Santos, Ritchie e etc… e deixar de fora, Tom Jobim, Toquinho, Elis Regina..é o que penso.
Caro José, a cultura é atemporal.
Concordo, mas a história é.