Açaí do Amapá

Açaí amapaense terá selo de qualidade com o uso de inovação tecnológica

“A partir de agora, o açaí saudável será a nossa marca, os batedores terão mais dinheiro e o Amapá mais recursos″, destacou o governador CamiloCom a entrega de 100 mesas de catação, o Amapá se torna o primeiro Estado da Federação a implantar um selo de qualidade na limpeza e seleção do açaí antes do seu processamento. A apresentação da inovação tecnológica aconteceu na tarde desta quinta-feira, no Auditório Waldemiro Gomes do Museu Sacaca, e contou com a participação de cerca de 150 batedores de açaí de Macapá, beneficiados no programa de Qualidade do Açaí nas Amassadeiras de Macapá e Santana.

O projeto é coordenado pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Setec), em parceria com o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa). Os recursos das mesas são fruto de uma emenda parlamentar do deputado Bala Rocha, na ordem de R$ 100 mil, com incentivos de R$ 45 mil do Governo do Amapá.

Durante o evento foram doadas inicialmente 50 mesas de catação para os primeiros qualificados, certificados e kits informativos. O programa atende 150 batedores de Macapá e Santana. Entre eles estava seu José Fonseca Miranda, que há 40 anos sobrevive da venda do açaí, no Centro.

“Nunca é tarde para se qualificar, ainda mais quando se trata do produto que você trabalha há muito tempo e que é base do seu sustento. Estou muito feliz e creio que o número de clientes só vai aumentar com a chegada da mesa na minha amassadeira”, narrou.

Para o governador Camilo Capíberibe, o Amapá se mantém à frente de vários estados do país ao inserir o selo de qualidade no fruto, o que corresponde crédito e segurança no processo de exportação do produto.

“O Amapá se torna pioneiro com a entrega das mesas de catação através da inovação tecnológica, mantendo a qualidade, garantia e ao consumidor e para as exportações. É um avanço tecnológico que oferece nova visibilidade ao fruto que aquece a economia do Estado, contribuindo com a geração de milhares de empregos. A partir de agora, o açaí saudável será a nossa marca, os batedores terão mais dinheiro e o Amapá mais recursos”, destacou.

A economia do açaí movimenta cerca de R$ 500 milhões por ano no Amapá, contribuindo com 2/3 do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. É também responsável pela movimentação de renda em localidades ribeirinhas por conta do plantio do fruto pelos próprios moradores das regiões.

Investimentos

Garantindo a ampliação do programa, o governador anunciou investimentos de R$ 100 mil para a produção de outras mesas. Além disso, a Agencia de Fomento do Amapá (Afap) vai disponibilizar liberação de financiamentos para a aquisição do novo mecanismo, que gira em torno de R$ 520.

Segundo dados da Afap, no período de 2011 a 2014, cerca de R$ 400 mil foram liberados para o financiamento de novas batedeiras de açaí, que engloba o capital de giro, construção da estrutura e aquisição de equipamentos.

O Governo do Amapá anunciou a liberação de R$ 1 milhão oriundo do Fundo Amazônia, que será destinado exclusivamente para a produção da cadeia produtiva do açaí.

De acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia, Antônio Cláudio de Carvalho, a ação vai garantir ao comprador identificar a qualidade do açaí, com isso assegura o fortalecimento da cadeia e para que continue como o carro-chefe da economia amapaense.

“De toda a riqueza gerada aqui, o açaí é sempre lembrado, e esse projeto veio em um momento necessário de agregação de valor e valorização da atividade. É um trabalho de dedicação, que oferece a qualidade, segurança e credibilidade do produto para o consumidor e para o resto do mundo, porque o açaí daqui é comercializado em vários pontos do EUA”, salientou.

Na ocasião foi apresentada a funcionalidade da mesa e em seguida o processo de boas práticas. Destaque para o método de branqueamento que utiliza o choque térmico, responsável pela eliminação total de contaminação e do Trypanossoma cruzi, presente no intestino do barbeiro, responsável pela doença de Chagas.

O programa

Com base na qualidade, o programa pretende certificar um grande número de batedeiras na tentativa de inseri-las conforme a legislação do Ministério da Saúde (RDC Anvisa 218/2005).

  • Discordo dos dados 2/3 do PIB. Não sou contra o aí, acho relevante todo o investimento neste setor, mas causa-me estranheza é convivermos com problemas gravíssimos e “primários”: infra estrutura, sucateamento da saúde, queda livre da capacidade empreendedora e do emprego, esfacelamento total dos Municípios…com uma arrecadação de aprox. 1 bilhão e 400 milhões( só até maio GOV.Federal e Março GEA(, e o governador após quase 4 anos ainda se quer disse aqui veio… Seria cômico se não fosse trágico! Governador deixe o acaí para seus secretários… acorde o Sr. é GOVERNADOR DE ESTADO!! Entendeu ou preciso desenhar!!!!!!!!!!

  • Quando se fala em açaí daqui, tem que se explicar que esse “daqui” significa açaí processado aqui, mas que é extraído no Pará. Mais de 90%. Não devemos nos enganar ou tentar enganar incautos.

  • Esse programa é bem vindo, pois tomar Açaí das “batideiras” ou “amassadeiras” do Amapá virou caso de “Sorte” para não dizer de Crise de Saúde, pois não é rara as vezes que se toma Açaí de se tem um “desarranjo intestinal”.
    Ao lado da Ponte Sérgio Arruda há uma CASA DO AÇAÍ que usa alga filtrada da torneira, mas essa torneira é na Rua ao lado do canal do jandiá e se os garrafões que eles utilizam ficam ao relento até serem recolhidos para a a água ser utilizada na batida do açaí.

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