A cadeia produtiva das fakes news

Outro dia participei de um debate sobre fake news no Programa Café com Notícia, da jornalista Ana Girlene.

Separei alguns trechos do que falei no rádio para compartilhar aqui. Em tempos de pandemia, com disputas ideológicas e políticas pelo meio, a atenção deve ser redobrada, tanto para não ser agente do que não é verdadeiro, como para ajudar a estancar e bloquear.

 

A “cadeia produtiva” do crime das fake news e suas vítimas.

 

1- Quem produz fakes news

– Os criminosos digitais. Eles tem um propósito: Político, comercial, pessoal, que justifique usar seu tempo criando uma notícia falsa.
Exemplo: o “gabinete do ódio”, tão denunciando em Brasilia, como sendo comandado pelos filhos do presidente da República. Criam fakes sobre adversários, linhas ideológicas, e até sobre membros do governo e da base. São enviados para as “milícias digitais”, que se encarregam de espalhar nas redes sociais e massificar através de bots ( robôs)

– Os sociopatas. O que produz o fake news para que um determinado grupo de pessoas, ou alguém, seja prejudicado. Por prazer. (A crueldade é um dos prazeres mais antigos da humanidade – Nietzsche)

Exemplo: Fake news espalhado na cidade de Macapá dizendo que as pessoas deviam se dirigir aos CRAS ( Centro de Referência em Assistência Social) para receberem cestas básicas. Os objetivos se enquadram em sociopatia, porque independente de ter propósito politico e arrumar desgaste para o poder público, estimulava pessoas humildes a irem se aglomerar e correrem risco de serem infectados.

2 – O que espalha fake news

– Tem o que faz parte do propósito ou da estratégia. A tarefa dele é espalhar em grupos e fazer postagem. Às vezes não sabe, mas faz parte da “linha de produção”.
– Tem o que espalha, porque torce para que notícia fake seja verdadeira e, por isso, prefere não checar.
– E tem o “fuxiqueiro”. Repassa para os seus contatos como “repassando”; “Não sei se é verdade”. Ou ainda vai nas redes sociais e pergunta: “será verdade?”. Porque ali ele já espalha (faz consciente, na maioria da vezes). E que devemos fazer, então? O correto seria falar por mensagem privada com alguém ou procurar nos veículos de comunicação se tem alguma coisa sobre o assunto ou sites de busca.
– Também tem o fofoqueiro da vida alheia. Repassa pelo privado, dizendo que recebeu. Também faz de maneira consciente.

3 – As vítimas

As principais vítimas das fake news são, entre outras:
– Os alvos diretos – Pessoas, empresas ou instituições, que tem uma notícia falsa espalhada na velocidade do coronavírus.
– Os menos informados, que são levados a acreditar em uma notícia falsa, porque “deu na internet”. Acolhem e espalham inocentemente.
– Os alvos indiretos – Profissionais de comunicação e gestores públicos e privados, que precisam dedicar horas de trabalho para desfazer as fake news.
– A sociedade.

Fake news: Não fazer. Não espalhar. Checar. Ajudar a desmentir.
Não há nada de positivo em notícias falsas.

Como esse post é breve e com base em observações, podem deixar suas contribuições na caixinha de comentários, que serão postadas.

 

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