Patrícia Bastos em todas as estações

 

Dependendo em qual hemisfério você esteja, o mês de Julho é, ao mesmo tempo, verão e inverno. Ao norte, celebramos na estação mais quente do ano, com muitas atrações culturais, a exemplo do Macapá Verão, promovido pela prefeitura. Já ao sul, o inverno também pega fogo, pelo menos para quem vive ou visita nesta época a cidade de Garanhuns, no agreste pernambucano, onde há 28 anos é realizado o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). A intérprete Patrícia Bastos marcou presença nos dois eventos, com trabalhos distintos, e mostrou que se adapta bem a qualquer estação do ano quando o assunto é música.

No Macapá Verão, Patrícia se apresentou na Estação Lunar do último dia 19, data em que o cantor paraense, Mauro Cota, convidado especial deste ano do evento, também participava. “Sou grande fã. Suas músicas marcaram a minha juventude e penso que suas canções contribuíram muito para a música do norte; do brega romântico. Quando soube que ele estaria no mesmo evento, pedi para cantar umas músicas com ele. Foi muito bom”, conta.

 

Considerada umas das maiores vozes do cenário nacional, Patrícia apresentou show solo neste lado do equador durante o Estação Lunar e reuniu, na praia de Fazendinha, um público fiel e cativo, que conseguiu conquistar ao longo de quase 30 anos de carreira. Pelas bandas de cá, cantou músicas compostas por vários parceiros, como Joãozinho Gomes, e outras tantas arranjadas pelo seu diretor musical, o paulista Dante Ozzetti.

“Fico muito feliz quando participo do Estação Lunar. Penso que este seja o maior e mais importante evento cultural de verão do Brasil e isso faz a gente perceber que a estamos valorizando e fortalecendo mais a nossa música, a nossa cultura”, considera Patrícia.

Dois dias após se apresentar no Estação Lunar, Patrícia subia ao palco, desta vez, no Festival de Inverno de Garanhuns. Na estação invernosa, apresentou trabalho em formato de trio, com participação de Dante e Ná Ozzetti e que ficou marcada por ser a primeira vez, neste evento, em que os três artistas se reuniram para se apresentarem em formato de vozes e violão, com músicas compostas por Dante Ozzetti e parceiros.

 

“Esta é a segunda vez que participo do FIG, e isso foi muito gratificante. Na primeira edição, em 2010 me apresentei no palco grande, onde também pisaram nele Paulinho da Viola, Jairzinho, entre outros grandes nomes da Música Popular Brasileira. E o trabalho que apresentamos este ano, já surge em meio de um grande evento cultural que reuniu, nesta edição, mais de 500 artistas”, diz Patrícia.

Seja no Verão de Macapá ou no de inverno em Garanhuns, ambos os eventos possuem propostas semelhantes, que é elevar e levar a cultura ao povo em sua mais ampla e pungente expressão, de forma diversificada e total liberdade artística. E uma das maiores expressões musicais do Amapá, mostra hoje ao Brasil que sua voz e presença de palco marcante combina em qualquer estação

 

Por Júnior Nery

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