Corram para as montanhas: Polícia Federal deflagra “Operação Arauto”, contra fraudes em licitações de consultoria para projetos com aporte de recursos do BNDS

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (27/9) a Operação
Arauto* para desarticular quadrilha que fraudava licitação de consultoria no Estado do
Amapá.
A ação é resultado de um trabalho em conjunto a Controladoria Geral da União.
Policiais Federais cumprem 7 mandados de Prisão Temporária e 14 mandados de
Busca e Apreensão, além do sequestro de bens e valores nas cidades de Macapá/AP,
Belém/PA, Porto Velho/RO, São Paulo/SP e Curitiba/PR.
De acordo com as investigações, duas empresas de consultoria, previamente
ajustadas, participavam da licitação, visando dar aparência de concorrência. Contudo, no
ato da abertura das propostas da licitação, verificou-se que o representante de uma das
empresas concorrentes era um mototaxista, que teria recebido R$ 50 para entregar a
proposta, sem participar do certame.

O valor aproximado da licitação objeto da investigação era de R$ 20 milhões, com
aporte de recursos do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal
(Proinveste) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Verificou-se a atuação de lobista junto ao BNDES, cuja função principal era obter
recursos para o Estado do Amapá. Ele atuava em conluio com empresários e agentes
públicos na contratação fraudulenta de empresa de consultoria com a finalidade de
desviar parte dos recursos. Ao menos R$ 2 milhões foram desviados em favor da atuação
do lobista. A investigação também apontou o pagamento de vantagens indevidas ao fiscal
do contrato.
Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes
de associação criminosa, fraude em licitação, corrupção passiva e peculato. Se
condenados, as penas somadas podem chegar a 31 anos reclusão.
* O termo arauto significa “mensageiro, porta-voz” e, no caso, faz alusão ao lobista que
atuava como mensageiro entre funcionários do BNDES, empresários e agentes públicos.

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá
[email protected] | www.pf.gov.br
(96) 3213-7602/7569

 

A Polícia Federal não divulgou o nome dos presos e nem das empresas investigadas

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