O AMAPÁ JÁ NÃO É O MESMO!?

Por Irani Gemaque – Mestre em Desenvolvimento Sustentável (UnB) e doutora em Desenvolvimento Sustentável em Trópico Úmido (NAEA/UFPA)

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O Amapá de hoje com certeza já não é o mesmo. Todas as denuncias, prisões preventivas e coercitivas que fazem parte da Operação Mãos Limpas desencadeadas pela Policia Federal pode dar vantagens sem limites para se imprimir um governo de transparência na gestão de Camilo. A Operação Mãos Limpas nos dá a oportunidade para expurgar aqueles que fizeram malversação com o dinheiro público.
Com a marca da transparência um modelo de desenvolvimento pode ser gestado, baseado na justiça social e na transformação da biodiversidade natural e cultural em bens e serviços, capazes de gerar riqueza e emprego para a população local. Destaca-se, essa retórica foi iniciada ainda no governo de João Capiberibe, e isso precisa ser valorizado nas falas de quem vai tocar esse Estado a partir de janeiro/2011. Sabemos que muitos preferem se reservar e não tocar mais nos saberes e fazeres do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA).
Percebo que há um certo silêncio em determinados segmentos, especialmente o político e o acadêmico que descompromissadamente procurou substituir expressões/conceitos do tipo “desenvolvimento sustentável”, “vantagens comparativas” por outros inadaquados por  recearem as criticas daqueles que defendem um outro estilo de vida, contrário ao que apregoa a civilização humana consciente.
Não podemos ignorar o fato de que, até os dias de hoje estão sendo estudados e revelados os erros e acertos do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA)-escrito pelas mãos não só de amapaenses (e que aqui me incluo), mas também por aquelas que são referências na discussão global a respeito do desenvolvimento sustentável. As inúmeras monografias da graduação, dissertações de mestrado e nas teses de doutorado em diversas academias do Brasil tem se dedicado até os dias de hoje em estudar os erros e acertos dessa politica.
Aqui, faço um parêntese, torna-se pertinente ao novo governo reunir essa produção teórica e concentrar na UEAP, pois as revelações que constam nesses trabalhos podem servir como documentos norteadores do programa de desenvolvimento que Camilo Capiberibe deseja implantar (ou implementar?).
Assim como o sociólogo francês, Morin (2000), gosto de afirmar que as instituições são formadas por pessoas. E por esse motivo as escolhas para a composição do governo da transparência devem ser pautadas nas histórias de vida e no curriculum das pessoas que tenham o compromisso de corroborar com a mudança que Camilo se comprometeu em realizar a partir de 2011. Portanto, creio que na conjuntura que estamos vivenciando no Amapá as indicações para o novo governo não devem vir prevalecidas pela indicação de deputados fichas sujas. A exemplo, as sérias acusações que estão sendo sustentadas pela policia federal ao deputado do PV Zezé Nunes e seus pares. Por que apenas Zezé/PV teve o privilégio de indicar um nome para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA)? Por que o outro lado do PV não foi ouvido? Zezé/PV deve, primeiro, se explicar pela malversação de recurso publico ganho em diárias e outros gastos com orçamento astronômico e injusto da Asse
mbléia Legislativa.
O nome que o PV de Zezé indicou (mas que ainda não foi nomeado) já está sendo rejeitado pelos servidores daquela casa com a afirmação de sua comprometida gestão com o governo corrupto de Waldez Góes/ Pedro Paulo.
Considero todos os deputados reeleitos e apontados pela policia federal insanos & perniciosos por terem cometido atrocidades com o dinheiro público. Contudo, não são dignos de se ancorarem junto a um governo que vem se comprometendo com a justiça social, ao paradigma da sustentabilidade e a transparência com os gastos públicos. Não esqueçamos que essa eleição foi sofrida e confiamos que Camilo vai refletir essas nomeações, afinal a Secretaria de Meio Ambiente merece nomes limpos, comprometidos com a ética da cidadania ambiental.
Irani Gemaque (Mestre em Desenvolvimento Sustentável (UnB) e doutora em Desenvolvimento Sustentável em Trópico Úmido (NAEA/UFPA)

    • Já escutei tanto sobre a perseguição…Mas não estão nem aí, pois faço meu trabalho! E levo a seria o seguinte: Não manda quem pode…E sim, quem sabe mandar!

  • O governo da mudança já começou a mostrar a cara. Esse é o problema dos governos, acomandar aliados de campanha que não tem compromisso com o plano de governo do eleito.

  • Vamos aguardar,pois acredito que Camilo vai promover sim as mudanças e não irá cometer os mesmos erros do governo passado.Se aliar aos “fichas sujas” não creio ser o estilo de Camilo e se assim o fizer,estará dando um tiro no pé.A maior promessa e compromisso de campanha é com o povo e com o estado,não com aliados de campanha.

    • Prezada Carla, essa celeuma em torno das indicações para o secretariado, ainda vai longe. Uns pelo inconformismo pelos nomes apresentados, outros é pelo famoso CHORORÔ, pelo resultado adverso das urnas.O Camilo, teve apoio dos partidos políticos e deve honrar seus acordos. Nomes estão sendo indicados pelos aliados, mas no decorrer do tempo, caso pisem na bola, com certeza, serão sumáriamente exonerados. Agora querer que os nomes apresentados agradem a todos, é pedir muito. A caneta que assina a nomeação, assina a exoneração tb. Abs…

  • Concordo com o que vc escreveu. Porém, creio que essa questão da indicação deve ser discutida dentro do PV, pois querer que o governador Camilo ouça lado A e lado B não me parece pertinente. O PV tá tendo seu espaço dentro do novo governo,e isso é fundamental e importante. Agora se a indicação partiu de quem não tem legitimidade para fazê-la, cabe ao PV (e todos os seus lado)ir até o Governador eleito e dizer que essa não é a indicação do partido. Se ele permanecer com o nome ai já é outro coisa. Depois, é de bom tom que o PV faça tbém sua limpeza interna, ai acaba com essa história de ter representante ficha suja.

  • Sou paraense e sempre que posso venho ao Amapá visitar familiares. Acompanhei o processo eleitoral e gostei da vitória de Camilo. Também concordo que a escolha de seus auxiliares deva ser pautada na ética sob pena de comprometer o governo e frustrar expectativas. É preciso educar a população, que ainda pensa que todo político é igual, fazendo a diferença.

  • O mau exemplo de Administração Pública virar meio de enriquecimento da família, vem de cima. Veja esta publicada hoje:

    EMPRESA PAGA ALUGUEL DE R$ 12 MIL DE LULINHA
    Um dos filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luís, mora desde 2007 em apartamento alugado por R$ 12 mil nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Quem paga a conta é uma empresa com contratos com vários governos, entre eles o federal.
    Lulinha, como Fábio Luís é conhecido, não é sócio da empresa que paga o aluguel. O Grupo Gol, que alugou o apartamento, é do empresário de mídia e mercado editorial Jonas Suassuna, sócio de Lulinha em um outro negócio, a empresa de conteúdo eletrônico Gamecorp.
    Primo do ex-senador Ney Suassuna (PMDB-PB), Jonas fez fortuna com venda de CDs da Bíblia gravados por Cid Moreira. Procurado pela Folha, Jonas disse que não vai mais pagar o aluguel para o filho do presidente.
    A Folha apurou que até hoje é Suassuna quem paga o aluguel, e o dono do imóvel não havia sido contatado até a semana passada para discutir mudança no contrato, informa reportagem de José Ernesto Credendio e Andreza Matais, publicada nesta quinta-feira.
    Outro lado
    Lulinha disse à Folha que foi morar com o amigo em 2007, quando se separou. “Ele arcava com o aluguel e eu entrei com os móveis da minha antiga residência e assumi as despesas do apartamento. Há quatro meses pedi para ficar com todo o apartamento, pois me tornei pai, e estamos transferindo o contrato para meu nome.”
    Filho do dono do imóvel, o advogado Vladmir Silveira disse que não sabia que o filho de Lula era seu inquilino. “Quem alugou foi o Grupo Gol. O Jonas assina como proprietário dela e fiador, na física”, escreveu, por e-mail.
    A reportagem está disponível para assinantes da Folha e do UOL.

    Por causa dessas e outras, que a operação mãos limpas ganhou destaque em todo o Brasil. E cadê o resto?

  • Silva,

    Eu concordo com você. Colocar o Paulo Figueira de volta na sema é mesmo um tiro no pé. Não, é pior. É um tiro no corpo todo – e de canhão. O cara era o maior puxa saco e baba ovo do Waldez, ficou correndo atrás do governador por meses até ser nomeado, de tanto ficar chorando no Palácio, e, com pena, o governador nomeou. Depois, ele entrou na sema com pinta de que iria mudar algumas coisas… kkk… coitado, só fez aquilo que os mediocres fazem… cortar ponto, vigiar horário de funcionário e cortar diárias dos motoristas, devolver algumas pessoas, ajudar os aliados… Coitado. Na cabeça dele, ele é a única pessoa que conhece a sema – e ainda tem coragem de falar isso para quem quer ouvir. kkkk…

    Meu amigo Silva, assim como você, eu também acho o Paulo Figueira um inconveniente, pretencioso e arrogante (sei disso, porque eu conheço a sema e trabalho lá há alguns anos)… Acho que todo o mundo pensa isso dele (claro, somente as pessoas que conhecem a peça). Quem não conhece, até defende com unhas e dentes… Fazer o que? Nada é perfeito. Existe muita gente que vai lucrar com isso, e não é o povo.

    Paulo figueira, vai pentear macaco!

    • Vc critica o secretário mas nao assina o que fala..Assim é covardia né? Vai ver que dá tapinha na costa dele..

  • Infelizmente é necessario colocar-me como “anônimo”, pois sabemos o que é capaz o secretario Paulo figueira (retalhaçoes). E só ver o que ele fez com alguns servidores da sema em 2009.
    Aqueles que realmente se preocupam com a condução da gestaão do meio ambiente neste estado, devem estar de cabelo em pé. Parece que o diraio (Listão) com exoneração ja foi publicados….seria realmente legal que a TAl mudança ocorresse, mas não é isso que se vê, pois o pessoal qaue estava a 8 anos ou mais ficou…nossa!!! e alguns funções mais especificas foram trocadod por pessoas que não apresentam nehuma experiencia. fala sério, nem ao menos consideraram o perfil tecnico….tem que mudar, mas pelo menos pede o curriculo.

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