Ministério Público pede providências para obras inacabadas do Hospital de Santana

As obras paralisadas contribuem para a proliferação do mosquito da dengue, além de outros transtornos à população.

Desde 2008. Esse é o tempo que moradores próximos à obra inacabada de uma ala de atendimento do Hospital Estadual de Santana sofrem com a paralisação dos serviços. Preocupado com a situação, o promotor de Justiça Adílson Garcia reuniu-se com o governador Pedro Paulo Dias de Carvalho com o propósito de cobrar medidas para que os trabalhos sejam retomados.

Segundo informações repassadas ao representante do Ministério Público, o contrato com a empresa responsável pelos trabalhos foi reincidido, com isso, houve uma reprogramação financeira no valor de R$ 2.400.000,00 (Dois milhões e quatrocentos mil reais). No mês de março, houve uma nova licitação, mas nenhuma empresa mostrou interesse em participar do certame.

O governador Pedro Paulo determinou à Secretaria de Infra-estrutura (SEINF) que buscasse alternativas para resolver o problema, mesmo através de execução de direito ou outros meios previstos na Lei de licitação.

Abandono

A obra, que está abandonada e tomada pelo mato, se transformou em ponto de encontro para marginais. Existe ainda outro agravante. A área que seria destinada aos elevadores virou criadouro do mosquito da dengue, causando risco para a saúde dos pacientes internados e para os que recebem atendimento no Hospital.

Além dos problemas em relação à obra, a ala do Hospital que está em funcionamento trabalha com um número insuficiente de funcionários. “Aparelhos e equipamentos que foram adquiridos através de Emenda Parlamentar, como por exemplo, oito monitores de sinais vitais e 90 leitos, não têm local para serem instalados devido à falta de espaço”, denuncia o promotor de Justiça, Adilson Garcia.

Providências

Por meio de denúncias de pacientes, o Ministério Público requisitou a instauração de Procedimento Administrativo Disciplinar a respeito do descaso ocorrido no último dia 14, quando nas salas de medicações infantil e adulto, e de coleta laboratorial não havia técnicos trabalhando. Para certificar-se do abandono do posto pelos funcionários, o promotor Adilson Garcia esperou cerca de uma hora para que fosse atendido por um servidor. E teve a seguinte justificativa: “Estávamos todos jantando”. O que não convenceu o promotor.( Assessoria-MP)

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