Ministério Público oferece denúncia contra autor de triplo homicídio no bairro Marco Zero

O promotor de Justiça, Afonso Pereira, da Vara do Tribunal do Júri, formalizou a acusação  contra Wellington Luiz Raad Costa, perante a Justiça amapaense, dando início à ação penal pública.

Promotor Afonso Pereira
Promotor Afonso Pereira

Wellington Luiz Raad Costa, 19, foi denunciado pelo Ministério Público como autor do triplo homicídio ocorrido no dia 10 de maio, no bairro do Jardim Marco Zero. A denúncia foi oferecida pelo promotor de Justiça, Afonso Pereira, que atua na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Macapá. Se o juiz de Direito aceitar a denúncia, Wellington passa a ser réu e é iniciado o processo criminal.

Segundo o promotor, o crime aconteceu no dia 10 de maio de 2010, por volta das 21h, quando Wellington adentrou na residência das vítimas Caroline Camargo Rocha Passos, 34, Marcelo Konishi, 17, e Vitória Konishi, 11, onde tinha livre acesso, em razão de ser conhecido da família. Conforme Laudo de exame de corpo de delito (Necroscópico), Caroline recebeu 13 golpes de arma branca, Marcelo, 14 golpes, e Vitória, 42 ferimentos.

“Após a prática dos hediondos crimes, simulou ter ocorrido um latrocínio, pois levou o carro de Caroline e alguns objetos da residência, retornando ao local pegando seu veículo e se retirando para a residência de sua namorada e de lá, em companhia dela e de uma amiga, dirigiu-se à Praça do Buritizal onde foram lanchar”, descreveu o promotor. “O denunciado que não deixou testemunhas oculares do crime, não demonstra nenhum arrependimento”, completou Afonso Pereira.

Ao oferecer a denúncia, o Ministério Público requer do poder Judiciário a citação do denunciado para interrogatório e defesa, para, após cumpridas as formalidades legais, seja  pronunciado e levado ao Júri Popular. Wellington Costa responderá pelo triplo homicídio, com os agravantes de motivo fútil, crueldade e utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.

SERVIÇO:

Dione Amaral

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá

  • Que esse criminoso frio, calculista e perverso passe o resto da vida dele atras das grades, longe da sociedade, sem oferecer risco as pessoas de bem. Assassinos dessa natureza devem morrer esquecidos dentro de celas frias e sombrias, onde não há vida, só amargura. Tudo o que vir a fazer com que ele pague pelo que fez é pouco para ele. Esse infeliz deve sofrer a cada dia com as marcas da crueldade cometetida. JUSTIÇA COMEÇA A SER FEITA.

  • A sociedade amapaense agradece a resposta rápida ao desvendamento do crime que foi assustador em nosso Estado. Ao quadro de delegados, promotores e peritos que se prontificaram em agilizarem esta resposta com precisão, registramos nossos parabéns!E, confesso não entendo muito a área de direito, mas fica um questionamento para a sociedade amapaense avaliar os critérios de percepção da gravidade de violência no caso família Camargo.
    De que adianta haver para certos delitos a classificação de crimes hediondos se criminosos que se enquadram neles recebem o benefício da progressão da pena, cumprindo em regime fechado 1/6 do tempo a que foram condenados?

  • O dia 18 de maio foi criado como Dia Nacional Contra o Abuso e a Exploração Sexual Infanto-juvenil. A data é uma homenagem a pequena Araceli que em 18.05.1973, com apenas oito anos de idade, foi barbaramente assassinada em Vitória-ES, por pessoas influentes da sociedade de Vitória daquela época.
    A pequena Araceli foi espancada, estuprada e por fim teve o seu corpo desfigurado pelo ácido. Até hoje ninguém foi indiciado ou preso pelo assassinato.
    Passado 37 anos pode-se fazer um paralelo com a chacina da família de Carol. O requinte de perversidade empregado foi o mesmo nos dois casos. Assim como Araceli, a pequena Vitória sofreu na carne a fúria brutal do assassino.
    Pequenas e inocentes tiveram suas vidas ceifadas tão precocemente. O sofrimento imposto a essas duas criaturinhas foi igual ou pior ao de Jesus Cristo.
    Espero que o massacre da família da pequena Vitória não fique impune. Que esse assassino confesso sofra pelo resto de sua vida miserável o mal que cometeu.

  • Recife, PE, 30 de maio de 2010.

    Faço coro com aqueles que saúdam à eficácia dos métodos investigativos usados para se chegar ao executante da chacina, ponto. Contudo me pergunto! Acabou? É só isso? A perda de três vidas devem ser creditadas ao surto de um ………..que desfrutava da confiança da família chacinada?

    Com o devido respeito! Parece-me fácil de mais, ou melhor, muito confortável a solução encontrada. Temos as vítimas, temos um réu confesso, temos as armas usadas, temos o local parcialmente preservado, não há o que ser questionado! Que se instale o tribunal do júri. A promotoria pede a pena máxima vem a condenação e “todos” sentem-se aliviados por não haver mais um assassino a solta em sociedade.

    Não há aqui nenhuma teoria da conspiração. Contudo tão pouco me parece razoável um sujeito tido como normal, pois se não o fosse não desfrutaria da confiança de uma família que se fixou em uma terra nova e distante da sua. Assim sendo, seria sensato certos cuidados serem adotados com relação às amizades e relacionamentos.

    Não me parece ser inteligente confia sem antes ter certeza de que é viável estabelecer crença em quem quer que seja, e até onde as notícias dos veículos de mídia nos dão conta, o algoz, gozava da confiança das vítimas. Estes mesmo veículos nos apresentaram uma família de classe média e com acesso a informações. Logo desesclarecimento não me parece ser a palavra de ordem para o relacionamento, algoz-vítimas.

    Posto, insisto que deve ser dada à equipe de peritos a oportunidade de sugerir outras possíveis motivações para o crime; ao ministério público deve ser dada a oportunidade de propor uma participação intelectual externa a residência das vitimas, e à equipe de psicólogos deve ser dada a oportunidade de buscar as motivações para a brutalidade.

    É preciso reter a sanha assassina em sociedade, nós enquanto sociedade não temos o direito de crermos nas evidencias razoáveis apenas porque elas assim o são. Como disse o próprio César “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta.” A criticidade social deve ser o norte na construção da cidadania. Pois o que se busca é ter direito a vida e a vida com dignidade.

    Para tanto, deixemos que as possibilidades sejam expostas, a fim de que, nós enquanto sociedade possamos criar, se não blindagens contra a violência animal-humana, pelo menos possamos mitigar os seus efeitos e preservemos a vida humana objetivo maior da nossa própria existência.

    Gleudson Almeida é formado em Publicidade e Propaganda, e pós-graduado em Comunicação Política.

    Gleudson Almeida – Cidadão

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