Justiça ouve testemunhas para o julgamento do último acusado de envolvimento na morte de Alessandro Guerra

Dos quatro envolvidos no assassinato de Alessandro Guerra, filho da vice-prefeita de Macapá, Helena Guerra, Raimundo Fagundes mais conhecido como Camundo, cometeu suicídio após matar também a namorada. Eduardo Rodrigues, que foi recambiado de Manaus para Macapá junto com José Maria Rodrigues, já foi condenado e cumpre pena. E Mauro Sérgio continua foragido. José Maria está preso, mas ainda não foi levado a julgamento. Nesta terça-feira, 27 de outubro, foi realizada no Tribunal do Júri uma oitiva para ouvir testemunhas sobre o caso. Uma delas a mãe da vítima, Helena Guerra. Doze anos depois do crime, ela voltou a depor desta vez frente a frente com o quarto acusado. José Maria Rodrigues estava acompanhado dos advogados. Bastante emocionada, Helena Guerra relatou os passos que a levaram aos envolvidos. Ela disse que foi feita uma investigação paralela à da polícia para agilizar o caso. Segundo Helena Guerra, um informante, que não quis se identificar para ela foi quem revelou os nomes dos acusados do crime e onde estavam escondidas a arma usada no assassinato e as peças do veículo de Alessandro Guerra. Com exceção da arma, o restante do material teria sido encontrado na casa de Mauro Sérgio, que ao ser preso, confessou a participação dos outros três. Ela disse ainda que junto com essas peças, foram encontradas fitas cassetes identificadas com o nome do programa que ela comandava na época na Rádio Difusora. Eram fitas de música que Alessandro Guerra usava no carro dele. Helena Guerra disse que o informante não pediu dinheiro em troca das informações. “É um reencontro de 12 anos, muito doloroso, mas estou aqui conseguindo depor, porque acredito na justiça. Essa é a quarta pessoa que faltava e a justiça vai determinar que ele pague pelo crime, não só esse, mas outros que ele é acusado. Eu começo a me sentir aliviada porque finalmente vou ver todos eles na cadeia” disse Helena Guerra.

O promotor Eli Pinheiro, que acompanha o caso desde o início, disse que os indícios contra José Maria são evidentes, o que vão levá-lo a júri popular. Segundo o promotor, José Maria alega que no dia do crime não estava na cidade, mas foi o próprio irmão dele que o teria denunciado. “Esse rapaz alega que não cometeu o crime e nem estava em Macapá, mas ele foi denunciado pelo próprio irmão. Todas as peças do veículo de Alessandro Guerra foram encontradas. Essa quadrilha era bem armada, tanto que dez dias depois, eles foram acusados de outro crime, o do Nilson, funcionário da Caesa, na localidade do Corre Água” disse o promotor.

Helena Guerra disse ainda em depoimento, que até hoje não sabe os motivos que levaram ao assassinato do filho dela. Os depoimentos desta terça-feira vão servir de base indiciária para levar o quarto envolvido a julgamento pelo júri. (Asscom/Gabiv/PMM)

Vice Prefeita de Macapa ZE MARIA vai a jugamento 049

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