História do Amapá

Por Edgar Rodrigues (Jornalista e Historiador)

Governador Pauxy Gentil Nunes

Fevereiro de 1958 a Fevereiro de 1961

Nascido em Breves (Pará), vem ao Amapá a convite do irmão Janary Nunes. Assume a direção do Território em 14 de fevereiro de 1958 até fevereiro de 1961.

Governou o Amapá por três anos, em meio ao trauma causado pela morte do deputado Coaracy Nunes. Foi em seu governo que as ruas de Macapá receberam asfalto pela primeira vez, mas foi o interior que mereceu maior atenção, com a criação de colônias agrícolas e núcleos coloniais, além de fazendas-modelo em Aporema e Tucunaré.

Como desportista, incentivou o futebol e a natação em todas as escolas. Conhecido como o ´Caudilho do Norte´, Pauxy foi o responsável direto pela eleição de João Havelange como presidente da Fifa, num congresso nacional de Federações que ocorreu em Macapá.

Mas seu governo é marcado pela intolerância política. Em razão de recusar qualquer influência na sua administração, o deputado federal Amílcar Pereira resolve lhe fazer oposição.

Durante seu governo é retomada a idéia de transformar  o Amapá em Estado, mas tudo isso não passou da idéia.

Com a vitória do candidato Jânio Quadros, da UDN,nas eleições presidenciais de 3 de outubro de 1960, o governador Pauxy Nunes, que lhe havia feito oposição, é exonerado do cargo. E ainda, como represália, Pauxy é acusado de irregularidades e desmandos administrativos. É substituído pelo pernambucano José Francisco Moura Cavalcante.

Escreveu em 1963 a obra “Mosaicos da Realidade Amapaense”.

Governador Pauxy Nunes
Governador Pauxy Nunes

  • Da foto, conheci o Dr. João Teles, sua esposa, que foi minha professora, D. Terezita, o Sr. Heiutor Picanço e o Gov. Pauxy Nunes

  • Certa vez quando eu adoeci muito o Pauxy e o papai estavam brigados. Com a minha doença os dois fizeram as pazes. Mamãe contava que Pauxy gostava muito de mim e quando adoeci ele chegou em casa com uma bandeja de maçãs, uvas e peras (frutas que não existiam em Macapá e que vinham do Rio para o governador).
    Quando ele morreu escrevi um artigo e nele dizia que aquele escrito era a homenagem não da jornalista Alcinéa, mas da garotinha que ganhou dele uma bandeja de frutas.
    Por causa desse artigo, a família de Pauxy me mandou uma cartinha tão carinhosa, tão cheia de gratidão e ternura, que guardo até hoje.

  • Alcilene, o meu amigo Edgar fez um pequeno lapso na matéria,que de forma nenhuma empana a relevância das informações. É que não foi presidente da Fifa mas da antiga e poderosa CBD (Confederação Brasileira de Desportos).

    Antes de cada esporte ter a sua confederação própria, todos tinham como referência a CBD, que era a entidade com voz máxima no Brasil.

    Foi daí, do Amapá com o apoio político dos “Nunes” ( Janary e Pauxy) que o velho e competente J. Havelange iniciou sua arrrancada até a Presidência da Fifa.

    Diga-se que esse fato, talvez por desconhecimento, não foi explorado pelo governo do Amapá no apoio ao Pará para que Belém fosse uma das sedes da Copa do Mundo. O Velho Havelange tem essa dívida de gratidão com o Amapá, em especial com Macapá, pela ção dos Nunes!.Ele iria se lembrar….aliás, continua muito amigo da família. Pergunte ao Rudá.

  • Alcilene,
    Li a matéria sobre o Governador Pauxy, graças ao Elton, filho do Iraçu, que me colocou no Repiquete. Sou amazônida de Cametá, estudei em Macapá, casei com a amapaense Maria Zeuza Cacalcante Pereira, trabalhei no Gabinete do Governador Terêncio Porto e fui discípulo dos amigos e jornalistas Alcy Araújo e Artur Nery Marinho, dos quais tenho excelentes lembranças. Vim pro Rio com uma bolsa de estudo. Formei-me em Jornalismo, mas não exercí a profissão de fato, e em Ciências Contábeis.
    Quando me formei apresentei-me, como bolsista formado, ao governador Ivanhoé, mas ele não quis contar com minha colaboração profissional e, então, retornei ao Rio decepcionado por não ter podido colaborar com o Amapá. Em 1995,após ter-me aposentado, como contador da Petrobras, tive um convite do Governador Capiberibe para assumir a Secretaria de Finanças do Estado, o que acabou não acontecendo. Com isso, continuo na condição de professor universitário, consultor na área de finanças e contábil aqui no Rio, ficando frustado por não ter colaborado com o Estado que me concedeu a bolsa de Estudos.
    Este depoimento é em razão do título da matéria e da minha amizade e admiração pelo Governador Pauxy. Quando ainda universitário eu e minha mulher frequentávamos a sua residência e ficámos discutindo os problemas do Amapá, “elaborando” planos para incrementar o desenvolvimento desse rincão, e eu ficava maravilhado com o conhecimento dele sobre o Amapá, ainda não Estado.
    Concordo,portanto, com as opiniões expostas sobre o governador Pauxi e quero parabenizá-la pela maneira como divulga o Amapá e a Amazônia.
    Um forte abraço,
    Raimundo Viana

  • Alcilene, lí com muito orgulho a matéria sobre o Tio Pauxy, fui sobrinho dele porque minha mãe é irmã da Tia Maria Emilia, tive a oportunidade de conhecê-lo no Rio, e realmente adorava ele, era muito carinhoso.
    Nasci em Macapé , e tenho muita saudade daí, do colegio onde estudei, da Av.Fab, da Praça, de tudo que Macapá me marcou na infância.
    Grande abraço.

    Augusto César

  • Alcilene, lí com muito orgulho a matéria sobre o Tio Pauxy, fui sobrinho dele porque minha mãe é irmã da Tia Maria Emilia, tive a oportunidade de conhecê-lo no Rio, e realmente adorava ele, era muito carinhoso.
    Nasci em Macapá , e tenho muita saudade daí, do colegio onde estudei, da Av.Fab, da Praça, de tudo que Macapá me marcou na infância.
    Grande abraço.

    Augusto César

  • olá, achei bastante interessante o artigo aqui divulgado, tenho frequentado cursinhos e por incrivel que pareça, nada foi citado sobre o governado Pauxy, ao acaso em pesquisa encontrei este artigo, o qual levarei como conhecimento e tema de aula. Tentando conhecer o motivo pelo qual seu nome não é citado na história da formação da cidade de Macapá. Parabéns

  • Olá gostei muito de seu blog e dos artigos aqui publicados.Parabens por esse belissimo trabalho, o amapá precisa de cidadãos assim que amem seu estado.

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