É a Treva. Amapá é o único estado do Brasil onde aumentaram os casos de gravidez na adolescência

Deu no Portal G1

Um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o número de partos realizados em adolescentes entre 10 e 19 anos na rede pública caiu 30,6% entre 1998 e 2008.  A maior redução aconteceu no estado de Rondônia (queda de 51,67%, em comparação com 1998), seguido por Rio de Janeiro (48,72%) e Goiás (46,11%).

O único estado que teve aumento no índice foi o Amapá, onde o número de partos entre adolescentes subiu 39,26%.

Sobre o assunto, o jornalista Arilson Freires fez emocionante reportagem no Jornal do Amapá de ontem, conversando com meninas, quase crianças, já com bebês no colo ou no ventre.

  • Bom dia Alcilene. Primeiro meus arabéns pela nova versão do seu site. Gostei. Segundo paralamentar as estatistas da gravidez precoce no Amapá. Entendo que os pais poderiam ajudar a tirar nossas adolescentes das trevas. Recuso-me aceitar ser uma questão cultural.

  • Quem recebe dinheiro para combater essas situações são as instiuições:Governo,Prefeituras,Conselho Tiutelar,Mist.Público,Tribunal de Justiça.Tá lá na constituição federal.

  • Os dados estão corretos, mas merecem uma contextualização. O Amapá recebe muitas dessas meninas das regiões ribeirinhas do Estado do Pará, principalmente as ilhas. Nesses interiores é cultural as mulheres terem filho muito cedo em média 15 anos e já formando famílias. Pesa também para o Amapá os números referentes à mortalidade infantil. Essas mulheres na maioira não fazem pré-natal e só vem a Macapá para terem os bebês e sem o acompanhamento adequado têm parto de risco. Para o amapá sobra a pesada estatística que gente mal intencionada acaba usando contra quem está de plantão no poder ou achacando a sociedade de permissiva e as famílias de irresponsável. O buraco é mais embaixo.

    • Vc esta certíssima,não se pode computar toda essa gama estatísca ai p/o Amapá.No RJ a estatística é absurda,mas tb é sabido que os nordestinos dominam esta gama,são maioria na baixada fluminense.Muitos vem em busca de empregos,melhoria de vida e acabam engrossando este caldo.Alguns logo retornam aos seus Estados de origens,com esta estatística na bagagem.Lamentável.

  • Cara Alcilene,

    Todos nos temos uma parcela de culpa nesta situação. Primeiro o Estado tem se furtado do papel de educador que possui como zeloso cumpridor das leis que deveria ser.
    Segundo a familia nao esta ligando muito para os filhos, basta ver o numero crescente de jovens “ficando”, os namoros estao cada vez mais quente…
    Terceiro o estado “eventual” que o Amapa pratica (eventos festivos a toda hora) favorece o periplo dos menores para tais festividades desacompanhados dos pais. Basta sair a noite que o fato pode ser comprovado em cada esquina, em cada madrugada…
    Quarto a TV colabora muito para mecher com o imaginario dos jovens…
    A meninas tem o filho e os pais “adotam” numa boa…
    Muita festa, muita bebida, muita menina… muitos filhos.
    O caranaval, por exemplo, exerce uma pressao sobre o coeficiente de natalidade e a experienciação sexual desceu para a cas dos nove dez anos.
    Muitas maes estimulam a sensualidade nas filhas, a moda expoe demais o copo feminino – as meninas acompanham.
    E por ai vai…
    Precisamos repensar a sociedade permissiva em que vivemos.
    Vamos salvar as nossas meninas. Elas merecem um futuro melhor… o pe no presente deve olhar para um maior controle social senao… os olhos no futuro irao enxergar algo muito desagradavel.

  • Alcilene,

    precisamos ver direitinho esses números. Pode ser que não tenha aumentado a proporção de meninas que engravidam por ano, comparando com o total de garotas de 10 a 19 anos. Minha desconfiança é que, apesar de ter aumentado o número de partos em números absolutos, precisamos saber se relativamente ao número de mulheres na mesma faixa etária aumentou de fato ou foi resultado do extraordinário crescimento populacional ocorrido entre 1991 e 2000, notadamente, quando da implantação do Estado do Amapá e da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana.
    Acredito que tenhamos ainda um número alto de gravidezes precoces não-planejadas, mas acho que, especialmente o trabalho realizado nas escolas pelos professores já tem surtido algum efeito.
    Joel.

  • Olá peço desculpas pela digitação anterior. Acho que esse meu computador é meio burro (rs). Agora vai o texto corretamente:
    Bom dia Alcilene. Primeiro meus parabéns pela nova versão do seu site. Gostei. Segundo para lamentar as estatisticas que revelam o alto indice de gravidez precoce no Amapá. Entendo que os pais poderiam ajudar a tirar nossas adolescentes das trevas. Recuso-me aceitar ser uma questão cultural.

  • Li comentários sobre o peso das questões culturais na gravidez e da migração de ribeirinhos (as) para Macapá. Em que pese a possível relevancia desses dois fatores o cerne da questão reside no termo cultural e sua relação direta com o acesso a informação e educação dessas populações, e nesse ponto a presença do Estado é fundamental. O custo de uma gravidez precoce é muito alto para a sociedade… O investimento de alguns milhares de reais na prevenção evita custos de milhoes (de mortalidade infantil elevada a vagas em penitenciárias, por exemplo)…

    E continuaremos assim, enquanto a falta de políticas públicas e a ausencia de instituições como o MP-AP e MPF persistirem….

    • Tem sim. É bolsa disso, bolsa daquilo. Vai um kit bebê aí genteeee?? O incentivo é..se vocês não votarem na gente irão sair do programa. Não há interesse em investir na capacitação e em dar condições aos técnicos ociosos e mal humorados,não todos, dos postos de saúde e da maternidade onde são desenvolvidos esses programas.O planejamento familia é a questão.

  • Na verdade poucas pessoas se importam com essas questões, para muitos isso e natural,até a sociedade esta se tornando cada vez egoista, e isso, deixa nossas crianças e adolescente ainda mais vulneráveis.
    Um Estado que ao invés de garantir direitos e politicas públicas, vicia a população com diversas bolsas e kits, sem qualquer trabalho de retaguarda e o resultado e esse: gravidez na adolescencia, exploração sexual, trabalho infantil, e eu não posso deixar de dizer o quanto a escola e fundamental no combate e prevenção a violação dos direitos humanos e o que será que esta sendo feito?

  • E uma pena que a maternidade esteja chegando tao cedo para essas meninas-mães, penso que a responsabilidade é transferida para a familia pois esta, no momento em que pari geralmente fica amparada pelos pais, vale lembrarmos que ta faltando dialogo com os pais a respeito do assunto sexo, a prática do sexo não é problema, o problema vem quando esta adolescente engravida precocemente ou contrai uma doença sexualmente transmissível, ou uma AIDS, que é irreversível. Ser mãe é um projeto de vida, não uma vida sem projetos ou planejamento. Fica aqui meu apelo as queridas mamães-meninas, usem preservativos, para evitar a gravidez e as doenças sexualmente transmissiveis.

  • Boa Noite
    A gravidez na Adolescência deveria ser trabalha no nosso sistema educacional de forma mais responsável num compromisso de politica pública para prepararmos nossos educadores há obterem responsabilidade sobre este assunto tão serio que move a vida e a busca de uma saúde também sexual para os nossos alunos tanto do ensino fundamental com do ensino médio.Precisamos trabalhar tal problema de forma série na formação continuada tanto para professores como para técnicos e gestores.O mec deveria proporcionar a especialização em orientação sexual para os profissionais da educação de forma multidisciplinar.
    Prof Espec.Regina Calandrini

  • Boa noite Alcilene.
    Parabéns pelo trabalho. A minha visao desse assunto é a seguinte, a Constituição Federal é clara com respeito a educaçao essa é dever do estado e da família. Nao é de hoje que as familias tem negligenciado a sua parte sobrecarregando assim as instuiçoes educacionais, que por sua vez sao compostas por pais e maes com responsabilidades familiar, isso tudo virou um jogo de empurra e no final o resultado é esse, gravidez na adolescencia. E preciso que todos estejam dispostos a cumprir seu papel e resignificar quando necessário os conceitos.

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