A Gastronomia, o Slow Food e a economia sustentável do entorno

*Dom Garcia. Chef de Cozinha 

 A tendência hoje no mercado é o cuidado com o que profissionais estão tendo com seus produtos, para oferecer o alimento com uma identidade regional, valorizando sua cultura local, costumes e ao mesmo tempo preocupado com o que é politicamente certo. Valorizar o pequeno produtor e dar credibilidade a um produto orgânico que não gera impacto na natureza.

O conceito de ‘abrir menos coisas’, de consumir menos produtos industrializados, descartáveis, que geram lixo, é uma das vertentes do SLOW FOOD.

Essa é a minha visão macro de um olhar profissional para o mercado em Macapá. Atividades comerciais como feiras, mercados e encontros de pequenos produtores que produzem e expõem com qualidade seus produtos para os clientes diretos.

Consumidores finais sem atravessador viram co-produtores e adotam esse conceito para comercializar e valorizar a produção local. Isso gera um impacto direto na economia local, a ‘Economia de Entorno’.

A sociedade ganha com qualidade e preço, aproximando as pessoas mais uma das outras. Antes desconhecidos produtores, que são os responsáveis por inúmeros alimentos da cadeia produtiva, passam a ter um contato direto com empresários locais de diversos segmentos e passam a trocar ideias para fomentar suas necessidades, aumentando a gama de produtos para os produtores e os compradores.

Barraca do Agostinho, na Feira Municipal de Macapá
Mercado em Paris

Camaroca. Croquete de tapioca com camarão regional com redução de tucupi e jambu. Receita do Dom Garcia

 

  • Importantíssimo o posicionamento de Dom Garcia! No paradigma do slow food o produtor é valorizado e reconhecido pela produção dos alimentos com qualidade. Diante do atual desmonte da política ambiental brasileira, nunca se liberou tanto agrotóxicos na lavoura!

    Com essa forma contrária de produzir, os produtores familiares terão a possibilidade de se manterem bem no mercado pq valorizam a produção agroecológica, isenta de agrotóxicos.

    Parabéns pela matéria e especialmente a você Alcilene por abrir esse diálogo no segmento da gastronomia!

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